Facebook adulterou métricas para inflacionar em até 900% o alcance de seus vídeos

Empresa valorizou espaço publicitário para competir no mercado

De acordo com o The Hollywood Reporter, o Facebook, buscado impulsionar sua plataforma de vídeos para competir com o YouTube, adulterou métricas para inflacionar em até 900% o alcance e as visualizações de conteúdos de propaganda paga. A matéria destaca que o caso começou quando diversas agências de publicidade procuraram o tribunal federal da Califórnia, alegando que a empresa de Mark Zuckerberg superestimava o tempo médio que os usuários passavam assistindo a seus anúncios pagos.

A reportagem ressalta que a intenção da empresa, ao exagerar os índices de visualizações de seus vídeos, foi valorizar o espaço publicitário disponível neles. Com mais visualizações, mais patrocinadores pagariam para expor suas marcas, produtos ou serviços nas plataformas da empresa. Sites com reprodutores de vídeo próprios, como o College Humor e o Funny or Die, também acabaram movendo seu negócio para a rede social à espera de maior retorno financeiro no processo.

No final das contas, o Facebook foi condenado a pagar US$ 40 milhões para resolver o problema. A maior parte do dinheiro irá para as empresas que contrataram os serviços e processaram a rede social, enquanto em torno de 30% do valor será destinado aos agentes legais que trabalharam no processo. Nele, o Facebook foi acusado de ter conhecimento de que suas métricas estavam sendo mal calculadas e divulgadas erroneamente na imprensa, mas não tomou nenhuma atitude perante esses fatos. "As métricas médias não eram inflacionadas apenas por 60% ou 80%, e sim de 150% até 900%", diz o processo.

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