Facebook e Youtube removem vídeo em que aparecia a identidade de Grizotti

Ministério Público de Bagé confirma ao Coletiva.net que recebeu denúncia formal encabeçada por vereadora da cidade

Vídeos foram removidos dias depois da divulgação da foto do repórter - Crédito: reprodução / Canva

Um mês após a gravação de um vídeo divulgado nas redes sociais, em que o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB), mostra a foto de Giovani Grizotti, o caso teve desdobramentos. Isso porque as plataformas YouTube e Facebook removeram o vídeo divulgado pelo administrador municipal. Além disso, Coletiva.net apurou que o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) de Bagé recebeu formalmente a denúncia encabeçada pela vereadora da cidade Beatriz Souza (PSB), protocolada pelo advogado Mateus Moraes.

A reportagem entrou em contato com o promotor do município, Cláudio Morosin Rodrigues, que informou apenas: "o expediente está em fase de instrução". Portanto, ainda não há prazo para a manifestação final da promotoria.

À época do acontecimento, a equipe de Coletiva.net procurou Beatriz, que foi taxativa ao comentar que, "ao gravar o vídeo dentro do próprio gabinete, o prefeito fez uso da máquina pública em benefício próprio, para caluniar uma pessoa".

Segundo o advogado que protocolou a denúncia, tanto a nota da prefeitura quanto o vídeo, no qual Grizotti é atacado, configuram ato de improbidade administrativa por lesão ao princípio da impessoalidade.

A reportagem do portal revelou com exclusividade à época do ocorrido, que o repórter registrou um boletim de ocorrência contra Divaldo Lara e a assessora de Imprensa da Prefeitura de Bagé, Roberta Mércio. No documento, Grizotti relatou que no vídeo divulgado pelo administrador municipal teve sua vida colocada em risco e foi caluniado ao atribuírem a ele informações falsas. A reportagem procurou Grizotti novamente, que preferiu não se manifestar sobre o assunto. 

O que diz a prefeitura de Bagé 

A equipe de Coletiva.net também entrou em contato com a coordenadora de Comunicação da prefeitura de Bagé, Roberta Mércio. De acordo com a jornalista, a procuradoria jurídica do município relatou não ter sido notificada para prestar esclarecimentos ao Ministério Público sobre o assunto.

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