Interiorização e integração da Comunicação: os principais desafios de José Nunes à frente da ARI

Em conversa com o Coletiva.net, novo presidente da Associação Riograndense de Imprensa apresentou metas e projetos para o triênio 2021-2023

José Nunes, o novo presidente da ARI, e Jurema Josefa, a 1ª vice-presidente.

O jornalista José Nunes assumiu a Associação Riograndense de Imprensa (ARI), para a gestão de 2021 a 2023, na eleição em dezembro de 2020. Provindo de São Leopoldo, é o primeiro presidente da entidade com base no interior do Rio Grande do Sul, Nunes vê justamente a interiorização da entidade como um dos seus desafios. Completam com ele a Diretoria Executiva, Jurema Josefa, a primeira mulher como 1ª vice-presidente da associação, e Vilson Romero, 2º vice-presidente. A reportagem do Coletiva.net ouviu as expectativas dos três diretores.

Além de promover as ações da ARI para o Interior, o novo presidente vê na integração da área da Comunicação um grande desafio. A ideia é reunir na instituição jornalistas, relações-públicas e publicitários. Esta proposta tem como objetivo ampliar o número de associados. Para tanto, serão oferecidos cursos e atividades diversas para atrair os profissionais. 

"Vivemos um momento bastante difícil, com a redução das vagas em redações e até mesmo o fechamento de alguns veículos de Comunicação. A proposta é buscar alternativas no sentido de evitar perdas ainda maiores. Por isso quero colocar a ARI como um elo entre os profissionais e o setor empresarial, respeitando, é claro, a atuação como entidade associativa", explicou Nunes.

Dar continuidade às lutas que a entidade defende desde a sua inauguração é primordial para Nunes. Para tanto, a gestão deve priorizar e intensificar ações em defesa da liberdade de expressão. Além disso, manter a divulgação do trabalho dos profissionais e empresas gaúchas do ramo, a legitimação social da instituição ARI, integrada a todas as pautas de interesse social - como igualdade de gênero, raça, credo, sustentabilidade e meio ambiente, desenvolvimento econômico de nossa região, entre outros. 

Outra defesa da categoria que será trabalhada durante o triênio será a da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Nesse sentido, juntarão forças com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Primeira mulher a ser eleita para o cargo logo em seguida ao do presidente - antes dela, Cristiane Finger tinha sido 2ª vice - Jurema Josefa afirmou que trabalhará para desenvolver as metas estabelecidas pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo, mas terá uma responsabilidade a mais, com uma atuação visando a chamar mais colegas mulheres a integrar e a se associar na entidade. "Aliás, já comecei a convidá-las, porém quero algo marcante, que fique na lembrança", relatou. Outro ponto levantado por ela é a promoção de cursos para utilização de novas tecnologias no Jornalismo.

A atuação profissional é uma preocupação do 2º vice-presidente, Vilson Romero, quando perguntado quais os principais desafios que ele deve enfrentar na gestão. "A ampliação do mercado de trabalho para os profissionais da Comunicação e a defesa da liberdade de imprensa são dois dos principais desafios da categoria e, como representante dos jornalistas em geral, a ARI segue erguendo muito alto essas bandeiras", afirmou.

Sobre os projetos, o presidente Nunes destacou alguns no primeiro e no segundo semestre. Na primeira parte do ano, serão mantidos os encontros aos sábados do 'Bar Virtual da ARI', além da realização de mais encontros 'Diálogos com Desgarrados', com colegas jornalistas que estão fora do Estado. Além disso, deve ser retomado o projeto 'Diálogos ARI de Jornalismo'. A 7ª edição do Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental e o Fórum Internacional de Gestão Ambiental (Figa) também são eventos que devem ser viabilizados pela nova gestão. O segundo semestre se iniciará em junho com a 'Semana da Imprensa' e, em novembro, a instituição se fará presente na Feira do Livro de Porto Alegre. 

 

"Queremos continuar trabalhando na valorização da categoria com promoções, prêmios e homenagens aos profissionais", afirmou Nunes. Para tanto, deve-se buscar  alternativas para instituir um prêmio voltado à Assessoria de Imprensa, à área de Relações Públicas e Publicidade, além de manter o Prêmio ARI Banrisul de Jornalismo e as homenagens já tradicionais de concessão da medalha Alberto André.

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