Jornais adotam campanha da ANJ contra notícias falsas

Iniciativa busca se contrapor à propagação de inverdades nas mídias sociais

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Ao longo desta semana, jornais de diferentes estados e que são membros da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) estão publicando, em suas edições impressas e digitais, a segunda fase de uma campanha realizada pela entidade. A iniciativa tem o intuito de se contrapor à propagação de notícias falsas nas mídias sociais, especialmente nesta eleição. A ação também vai ao encontro dos projetos dos veículos, que buscam investir na qualificação das redações e no alerta aos leitores sobre os perigos das inverdades.

De acordo com o diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, os anúncios transmitem o trabalho dos jornais no combate às notícias falsas, o que inclui a constante qualificação dos jornalistas em suas tarefas diárias, bem como o forte investimento nas áreas de verificação de fatos, que atuam muitas vezes em conjunto com agências especializadas em checagem de informação. "As peças publicitárias produzidas agora têm como foco central orientar o leitor a, em seu processo de decisão de voto, procurar ao máximo se guiar pelas notícias produzidas por profissionais e não por conteúdo duvidoso", declarou.

Para ele, o País está passando por um período crítico, com um ambiente de forte polarização, no qual há uma grande quantidade de produção e distribuição nas mídias sociais de material manipulado com má-fé para direcionar o voto dos eleitores. "Trata-se de uma clara ameaça à lisura do processo eleitoral e à democracia", afirmou.

A primeira etapa da campanha circulou no fim de setembro e nos primeiros dias de outubro. Nesta semana, as peças alertam para as consequências de um voto equivocado, obedecendo ao tema 'Quem vota baseando-se em mentiras acaba sofrendo de verdade'. Está prevista, ainda, uma terceira rodada de anúncios antes de 28 de outubro, data do pleito em segundo turno. 

Fundada em 17 de agosto de 1979, a ANJ é uma associação sem fins lucrativos. A entidade conta atualmente com 146 empresas jornalísticas associadas e duas empresas colaboradoras, e é presidida por Marcelo Rech, que também é vice-presidente Editorial do Grupo RBS.

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