Manuela D'Ávila vence processo contra Record nacional e Igreja Universal

Envolvidos devem pagar por danos morais, em decorrência de uma fake news

23/07/2024 18:00
Manuela D'Ávila vence processo contra Record nacional e Igreja Universal /Crédito: Reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou a TV Record nacional e a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) a indenizarem, por danos morais, a jornalista e ex-deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB) por disseminação de fake news. A ação teria origem em 31 de maio de 2022, a partir de uma possível veiculação de uma informação falsa no programa 'Entre Linhas', produzido pela IURD e exibido na emissora. De acordo com a decisão, o valor a se pagar é de, aproximadamente, R$ 12 mil. 

Manuela alegou que, durante a atração, o apresentador Renato Cardoso, genro de Edir Macedo, dono da emissora e fundador da igreja, convidou outros pastores para discutir a estratégia de campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Na ocasião, teria sido afirmado que o candidado a presidente Lula (PT) havia contratado pastores evangélicos para cuidar da Comunicação interna, além de aprovar um projeto de lei que permitiria relacionamentos afetivos entre pais e filhos. Para tal, foi dito na ocasião que a informação teria sido passada pela ex-deputada. 

Além da indenização, a decisão determinou que a Record e a IURD façam uma retratação pública. Ela pode ocorrer no mesmo programa ou no horário em que a informação falsa foi divulgada - veiculada na madrugada, por volta da 1h.

A reportagem do Coletiva.net entrou em contato com Manuela, assim como com a emissora, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno de ambos. Publicamente, as partes também não se manifestaram sobre o caso, no entanto, as empresas envolvidas já teriam recorrido da decisão.