Presidente da ANJ, Marcelo Rech defende acordo global pelo Jornalismo

Alegação foi feita durante participação do jornalista em um painel sobre liberdade de imprensa no 73º Congresso Mundial de Jornais

Marcelo Rech participou de um painel sobre liberdade de imprensa - Reprodução

O presidente-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, defendeu a necessidade de um acordo global contra a desinformação e em apoio ao Jornalismo ético, independente e profissional. A alegação foi feita nesta quarta-feira, 28, durante um painel sobre liberdade de imprensa no 73º Congresso Mundial de Jornais. O evento é promovido pela Associação Mundial de Editores de Notícias (Wan-Ifra, na sigla em inglês) e realizado em Saragoça, na Espanha.

Segundo Rech, a proposta se deve à disseminação das desinformações e das bolhas de ódio, que ameaçam a estabilidade política, econômica e social em escala mundial. "Da mesma forma que o mundo se organiza em torno de um acordo global contra as mudanças climáticas, devemos estimular a Organização das Nações Unidas (ONU) a liderar um esforço para um acordo que garanta a estabilidade mundial", disse.

O presidente da ANJ ainda utilizou a Guerra da Ucrânia como exemplo: "se houvesse uma imprensa livre, independente e forte na Rússia seria quase impossível lançar e manter a agressão à Ucrânia, e não se discutiria o absurdo de uma potencial guerra nuclear".

Também participaram do debate Joan Chirwa, fundadora da Free Press Initiative, na Zâmbia, e CEO da The Mast, uma agência de notícias on-line; Joanna Krawczyk, presidente da Fundação Gazeta Wyborcza, da Polônia; e Ritu Kapur, cofundadora e CEO do The Quint, da Índia. A mediação foi feita pelo jornalista Javier Garza Ramos, consultor de segurança e membro do conselho do Fórum Mundial de Editores (WEF).

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