Proteção aos profissionais e coberturas complexas: Dione Kuhn resume 2020 de Zero Hora

Em entrevista ao Coletiva.net, a editora-chefe de ZH revelou como o jornal enfrentou as dificuldades do último ano

Dione Kuhn, editora-chefe de Zero Hora

Para um ano atípico, soluções diferenciadas. Com a chegada da Covid-19 ao Brasil, a redação integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho passou a atuar em teletrabalho, imediatamente, conforme a editora-chefe de ZH, Dione Kuhn, contou ao Coletiva.net. Em um cenário descrito como "desafiador", ela explicou que as equipes de reportagem que continuaram atuando nas ruas foram submetidas a "rigorosos protocolos definidos pela RBS". 

Dione não apresentou dúvidas ao destacar a dinâmica de produção como o maior desafio do período. "Combinar proteção aos profissionais com coberturas complexas não era uma meta traçada em 2019 para 2020, mas acabou virando prioridade. Conseguimos fazer as duas coisas", celebrou a gestora, que ressaltou ainda terem sido poucos os projetos deixados de lado em razão das restrições sanitárias.

Integrar as equipes foi uma meta para 2020 destacada no balanço de 2019 do jornal, que, segundo Dione, já faz parte da rotina do periódico. A profissional admitiu que, por ser um processo complexo e contínuo, ainda precisa de ajustes, mas enfatizou seus benefícios: "A integração abriu novas oportunidades aos profissionais, permitindo que ampliassem seus conhecimentos e competências". Ela também pontuou que, apesar da troca, foram respeitadas as especialidades de cada jornalista. 

Como destaque da redação no ano que passou, Dione salientou a cobertura eleitoral feita de forma integrada por ZH, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho. "Fizemos um trabalho conjunto do início ao fim, sempre valorizando as características de cada veículo", observou a gestora. Ela comemorou que, mesmo com mais de dois terços do ano acometidos pela pandemia, foi possível "superar as adversidades, entregando ao público conteúdos com a mesma relevância e qualidade de sempre". 

Os impactos negativos do novo coronavírus na economia fizeram com que o jornal não alcançasse sua meta em números. Porém, a editora-chefe de ZH destacou o Jornalismo de Soluções feito pela equipe como uma das conquistas, abordando temas como a preservação da saúde das pessoas, a importância de manter a economia ativa e os desafios do ensino a distância.  De acordo com Dione, foi possível cumprir a missão de estar ao lado dos leitores, mesmo que as notícias tenham sido de mortes e desemprego. "Nossa cobertura expôs esta realidade dura e, ao mesmo tempo, buscou apontar soluções, atuando de forma propositiva". 

A busca por informação de qualidade foi considerada pela profissional um "atributo importante em um ano tão incerto", e, para ela, o resultado desse esforço da equipe foi demonstrado pela retomada do "patamar normal" do jornal. Em 2021, ela garantiu que "ZH vai seguir a mesma tendência dos últimos anos, como um negócio maduro e sustentável". Com os últimos 12 meses tendo mostrado a relevância de ZH, segundo Dione, o foco é seguir investindo no jornalismo de qualidade, "com  uma experiência excelente no jornal impresso e no digital".

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