Ré por envolvimento em assassinato de fotógrafo é presa

Paula Caroline Ferreira Rodrigues é acusada de envolvimento no crime que vitimou José Gustavo Bertuol Gargioni em 2015

23/10/2023 16:00 / Atualizado em 23/10/2023 16:56
Ré por envolvimento em assassinato de fotógrafo é presa /Divulgação/Polícia Civil

Nesta segunda-feira, 23, foi divulgado pela Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil (PC) que Paula Caroline Ferreira Rodrigues foi presa na última sexta-feira, 20, em Porto Alegre. A mulher é ré por envolvimento no assassinato de José Gustavo Bertuol Gargioni, fotógrafo que foi vitimado em 2015, em Canoas, quando tinha 22 anos. 

De acordo com a investigação, o crime teria sido motivado por ciúmes. Paula, na época, tinha um relacionamento extraconjugal com Juliano Biron da Silva, apontado como integrante de uma facção criminosa. A então esposa de Juliano teria um caso com José, o que levou ao assassinato. Com isso, Paula atraiu o fotógrafo para um encontro falso, com o objetivo de matá-lo. 

Em fevereiro de 2020, Juliano foi sentenciado a 20 anos e oito meses de prisão por ter matado José. Paula era para ter sido julgada na mesma data, porém ela, que respondia em liberdade, não compareceu à sessão, por orientação de sua defesa, que alegou que a mulher teria problemas de saúde. Assim, o processo precisou ser separado, para que o homem pudesse ir a julgamento. 

Em setembro, a Justiça determinou que Paula fosse presa preventivamente, o que ocorreu na última sexta-feira, quando foi detida enquanto realizava uma consulta em uma clínica na Avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, na Capital. De acordo com o juiz que proferiu a decisão, desde 2020, a ré vem apresentando atestados com o intuito de postergar o julgamento, sempre alegando problemas de saúde. A ida dela ao tribunal ainda não tem data definida. 

O crime

O corpo do jovem foi encontrado na manhã de 28 de julho de 2015, na Praia do Paquetá, em Canoas. De acordo com a acusação, na noite anterior, Paula o encontrou, após terem combinado de se ver por meio de uma rede social. Ainda segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), quando José entrou no carro da mulher, Juliano o calçou, já armado, no banco de trás. A vítima, então, foi levada até o local do crime, onde foi executado com 19 tiros. 

No julgamento, Juliano negou ter matado José e alegou que Paula teria cometido o crime como uma prova de amor. O preso também afirmou que não teve nenhum envolvimento no caso e que na época tinha rompido o relacionamento de seis anos com a ré, pois ela insistia para que ele terminasse o casamento. 

Juliano ainda narrou que na noite do crime estava no apartamento de Paula e disse que ela chegou ao local chorando e confessou o crime. Ele, então, afirmou que seguiu até Santa Catarina com a ré, onde a deixou na casa de um familiar. Em janeiro de 2016, ela foi presa, mas passou a responder em liberdade em outubro de 2018.