Revitalização: TV Cultura digitaliza acervo da emissora

Central técnica também oferece serviço ao mercado audiovisual

Equipamento digitaliza filmes com alta precisão - Divulgação/TV Cultura

Com o intuito de modernizar e revitalizar o Centro de Documentação (Cedoc), a TV Cultura começou a digitalizar o acervo da emissora. O arquivo possui cerca de 90 mil rolos de filmes, equivalentes a 11 mil horas de imagens, entre matérias jornalísticas, programas e telecursos de várias disciplinas. O serviço realizado pela central técnica também é disponibilizado ao mercado.

Para realizar esse trabalho, a empresa usa o equipamento de digitalização ScanStation, da Lasergraphics. Com captura em 6,5K, o scanner faz a digitalização em alta definição de rolos de filmes 16mm, com pista sonora magnética ou óptica. O aparelho tem capacidade para processar vídeos bem deteriorados, isto é, quando já apresentam alto nível de encolhimento e fragilidades físicas.

Além do processamento com películas, a central oferece outras atividades ao setor de Comunicação. Entre eles, a conversão para o meio digital de conteúdos gravados em suportes de vídeo, como fitas VHS, HDCam, DVD e mini DV. Patricia de Filippi, coordenadora do Cedoc e responsável pelo projeto, explica: "Aqui na Cultura estamos aptos a trabalhar com toda a linha de produção - da preparação do material, da limpeza e do escaneamento, até a edição e preservação".

Pesquisa

Após o processo de digitalização, catalogação e indexação do acervo, a TV Cultura disponibilizará o conteúdo para pesquisa a estudiosos, produtores, estudantes, comunicadores, editoras e profissionais da área. O material poderá ser consultado, tanto pelo site da emissora quanto pelo e-mail [email protected], que já é utilizado pelos pesquisadores.

O objetivo é que, ao final do projeto, a emissora garanta a preservação das mídias físicas - cada qual em sua reserva técnica dedicada e climatizada -, e das digitais dos materiais convertidos do analógico ou natos digitais. Patrícia acredita que a importância desse trabalho é mostrar imagens que estão nos estojos fechados, "trazendo ao público histórias há tempos filmadas e contribuindo para a memória com referências históricas e afetivas. Além de assegurar a preservação dos conteúdos arquivados nas reservas técnicas da TV Cultura", destaca.

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