Apenas 2% do dinheiro de capital de risco em 2021 foi para empresas americanas fundadas exclusivamente por mulheres. Além disso, 80% dos funcionários europeus de capital de risco e capital privado em todos os níveis e funções são brancos. Outro dado é de que um terço das empresas europeias desse segmento ainda não contratou uma sócia. Com essas estatísticas, a CEO da Techstars, uma aceleradora americana fundada em 2006, Maëlle Gavet, abriu a sessão 'How to Solve the Founder Opportunity Gap' (como resolver a lacuna de oportunidade do fundador, em tradução livre ao português).

Ela explicou que a única maneira de corrigir as estatísticas é que os investidores se adaptem às circunstâncias dos fundadores não descobertos. Maëlle comentou que há empreendedores, mas ainda falta oportunidade de investimento. Ela justificou que isso acontece porque muitos desses profissionais historicamente tiveram pouco acesso a capital de risco e mentores experientes. 

Apesar de muitas mudanças já terem acontecido na sociedade, o capital de risco ainda é privado para a rede de contato dos investidores, que normalmente é composta por homens, brancos e cis. Para contrapor isso, Maëlle comentou sobre a importância de uma equipe diversa: "Representar faz com que as pessoas se sintam atraídas", afirmou, mostrando a equipe da Techstars. 

Depois de 20 minutos apresentando dados, subiram ao palco Leslie Hyman, do Circa Labs; Danielle Steer, do Lunar Startups; e Monica Wheat, da Techstars, que seguiram na discussão da importância da representação de gênero e raça no empreendedorismo, além da luta contra o etarismo. "Há um problema de network. Muitos dizem 'não conheço nenhuma empreendedora negra', mas é um problema seu, da sua rede, porque elas existem, sim", salientou Daniella. 

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