Pesquisa mostra perfil dos participantes do OP

Estudo foi apresentado aos agentes do programa, durante capacitação realizada este mês

Apresentada pelo economista Carlos Eduardo Gomes de Macedo, do Observatório da Cidade de Porto Alegre (ObservaPOA), revela o perfil dos participantes do Orçamento Participativo (OP). A divulgação foi feita durante uma capacitação com os agentes operadores do OP, em julho. O estudo foi uma realização da Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local (SMGL) e do ObservaPOA, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
A pesquisa traz informações sobre o perfil socioeconômico dos participantes, características da participação, vínculos do público do OP com organizações da sociedade civil, razões da participação no OP. O poder de decisão dos participantes, a relação do OP com a Governança Solidária Local e ObservaPOA e OP na Internet, também foram ressaltados no estudo.
Em relação ao perfil socioeconômico dos participantes foi constatado que a maioria são mulheres, a faixa etária predominante é de 50 anos, mais de 80% têm ensino fundamental completo e 56% se declaram brancos. Além disso, a pesquisa mostrou que a maioria ganha até dois salários mínimos, 23,7% têm carteira assinada, 19,6% são autônomo,  11,2%  são desempregados e a maioria trabalha de 14 a 48 horas, sendo que mais de 30% não trabalham.
Quanto à característica da participação, foram observados 11 temas. Foi constatado o crescimento do percentual de participantes que já foram eleitos delegados e conselheiros cinco ou mais vezes. Além disso, verificou-se que 48% dos participantes conhecem poucas ou algumas regras de funcionamento do OP e também que aqueles com mais tempo de OP conhecem mais as regras.
Outra constatação em destaque no estudo foi que entre 1995 e 2009, aumentou em mais de 125% os que não participam em entidades e que quase 49% participam de associação de moradores (2009). Foi constatado, ainda, que mais de 60% consideram que o movimento comunitário foi fortalecido após criação do OP.

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