Pesquisa mostra perfil dos participantes do OP

Estudo foi apresentado aos agentes do programa, durante capacitação realizada este mês

30/07/2010 19:41
Apresentada pelo economista Carlos Eduardo Gomes de Macedo, do Observatório da Cidade de Porto Alegre (ObservaPOA), revela o perfil dos participantes do Orçamento Participativo (OP). A divulgação foi feita durante uma capacitação com os agentes operadores do OP, em julho. O estudo foi uma realização da Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local (SMGL) e do ObservaPOA, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A pesquisa traz informações sobre o perfil socioeconômico dos participantes, características da participação, vínculos do público do OP com organizações da sociedade civil, razões da participação no OP. O poder de decisão dos participantes, a relação do OP com a Governança Solidária Local e ObservaPOA e OP na Internet, também foram ressaltados no estudo. Em relação ao perfil socioeconômico dos participantes foi constatado que a maioria são mulheres, a faixa etária predominante é de 50 anos, mais de 80% têm ensino fundamental completo e 56% se declaram brancos. Além disso, a pesquisa mostrou que a maioria ganha até dois salários mínimos, 23,7% têm carteira assinada, 19,6% são autônomo,  11,2%  são desempregados e a maioria trabalha de 14 a 48 horas, sendo que mais de 30% não trabalham. Quanto à característica da participação, foram observados 11 temas. Foi constatado o crescimento do percentual de participantes que já foram eleitos delegados e conselheiros cinco ou mais vezes. Além disso, verificou-se que 48% dos participantes conhecem poucas ou algumas regras de funcionamento do OP e também que aqueles com mais tempo de OP conhecem mais as regras. Outra constatação em destaque no estudo foi que entre 1995 e 2009, aumentou em mais de 125% os que não participam em entidades e que quase 49% participam de associação de moradores (2009). Foi constatado, ainda, que mais de 60% consideram que o movimento comunitário foi fortalecido após criação do OP.