A Reforma Tributária foi o tema que esteve presente nas apresentações dos três pré-candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), durante o encontro promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira, 25, na sede da entidade, em Brasília. Todos confirmaram que um dos desafios de seus governos será promover as mudanças necessárias nessa área. Dilma, a primeira a falar, afirmou que a situação tributária é ?caótica?. Segundo ela, ?há uma sobreposição de legislações e de níveis de incidência de impostos, o que onera empresas e governo. De acordo com a pré-candidata, a reforma tributária é ?a reforma das reformas?. Serra apontou a carga tributária brasileira como ?a maior do mundo, entre todos os países emergentes ou em desenvolvimento?. Disse ainda que os altos juros e o câmbio desvalorizado são uma ?distorção? no país?. A pré-candidata Marina Silva, salientou que é possível fazer as mudanças, mas não com ?falsas expectativas?. ?Corrigir os principais obstáculos à competitividade é um dos desafios para o novo governo?, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, na abertura do evento. Para isso, segundo ele, é preciso que as ações sejam acompanhadas por uma visão estratégica das oportunidades que se apresentam para o país. De acordo com a CNI, o Brasil deve assumir a agenda da competitividade com urgência e afastar os obstáculos que deterioram o ambiente institucional e limitam o potencial de crescimento da economia. ?A elevada carga tributária, o custo dos financiamentos, a insuficiência dos marcos regulatórios, a valorização cambial, as deficiências de infraestrutura e logística resultam em um ambiente pouco favorável aos negócios e colocam o Brasil em posição desvantajosa na relação aos concorrentes?, alertou Armando Monteiro Neto. No documento ?A Indústria e o Brasil ? Uma Agenda para Crescer mais e Melhor?, a CNI elegeu cinco eixos estratégicos para ajudar o próximo Presidente da República a tornar o Brasil mais competitivo: a expansão do mercado doméstico; a internacionalização; a inovação; os projetos propulsores, como os de infraestrutura, os de habitação e o pré-sal; e a preparação do Brasil para uma economia de baixo carbono. Leia também em Coletiva.net
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CNI elegeu cinco eixos estratégicos para ajudar o próximo Presidente da República a tornar o Brasil mais competitivo
25/05/2010 18:18