Na edição desta quarta-feira, 19, do Tá na Mesa, foi tratado o reflexo do desenvolvimento tecnológico que atinge empregados e empresários no mercado de trabalho. Os presidentes da Automatic Data Processing, Lcc (ADP), Cesar Marinho, e da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (ABRH/RS), Orian Kubaski, discutiram o potencial dos recursos humanos na produtividade dos negócios e apontaram que, além da flexibilização prevista na reforma trabalhista, que deve entrar em vigor em novembro, colaboradores e gestores precisam investir em capacitação e desenvolvimento. Marinho salientou que o capital humano deve ser sempre o centro dos negócios, independentemente do sistema e modernizações das organizações. Disse, ainda, que, nessa lógica, é preciso que alguém faça o controle de todo o sistema produtivo. "Com a tecnologia, nasce um novo desenho da forma de se trabalhar e será exigida uma recapacitação da mão de obra". Também traçou previsões em cima de estudos recentes apresentados em Davos, sobre o desaparecimento de empregos em atividades tradicionais em detrimento de novas, com uma recuperação de apenas 30% destes com novas profissões. Acrescentou que a base das mudanças está no ensino técnico, que formará profissionais mais prontos para atuar no mercado atual. Kubaski destacou que, atualmente, o ensino superior não é suficiente e eficiente para formar os chamados trabalhadores do futuro. Pelo contrário, educam profissionais frágeis e sem preparados para o cenário dinâmico de hoje. "É preciso desenvolvimento técnico, que vai saber unir conhecimento e domínio de tecnologia conforme cada função." A dupla também reforçou a importância da modificação das leis trabalhistas para o setor produtivo. Na visão de Kubaski, os efeitos não serão imediatos, mas existirão: "A atual CLT foi ditada em 1943. Ou seja, faz quase um século que trabalhamos com a mesma legislação, como se nada tivesse mudado no Brasil. As leis, naquela época, regiam a selvageria do período, o que não cabe mais para os dias de hoje". Para completar, Marinho afirmou esperar que os primeiros efeitos da reforma sejam sentidos em dezembro, com as contratações temporárias.
Tá na Mesa trata do reflexo do desenvolvimento tecnológico no mercado
Convidados da reunião-almoço da Federasul discutiram potencial dos recursos humanos na produtividade dos negócios
19/07/2017 18:25