Redução do plástico estampa campanha criada por agência de Santa Cruz do Sul

Ação foi desenvolvida pelo publicitário Roberto Müller, diretor de Criação da D-Sign

Campanha conscientiza sobre males do plástico - Reprodução

O publicitário Roberto Müller, diretor de Criação da D-Sign, de Santa Cruz do Sul, desenvolveu uma campanha que visa a alertar sobre os impactos ambientais gerados pelo uso de plástico e, por consequência, objetiva diminuir o uso deste material em embalagens. Nas peças, a agência informa sobre custos da poluição, perigos para a saúde e natureza e mostra exemplos de instituições e empresas que encontraram alternativas sustentáveis para reduzir os poluentes.

A ideia surgiu após uma experiência vivia por Müller em Paris, na França, em 2018, quando, ficou surpreso com uma situação vivida em uma livraria. Ao aceitar a sugestão de um atendente de pegar uma sacola para guardar os discos e livros que segurava na mão, ele ouviu do funcionário que teria de desembolsar 10 centavos por uma sacola de papel reciclável. Após as férias, já em Santa Cruz do Sul, pensou em lançar uma campanha publicitária pela redução do plástico nas embalagens.

Segundo Müller, o desenvolvimento de embalagens é o carro-chefe da agência, que está ciente da importância de reduzir os impactos ambientais. "Trabalhamos sob a premissa de que o consumidor é o principal agente de mudanças na sociedade", destaca, afirmando que, para ele, o plástico é um material fundamental para a evolução da sociedade.

Ele acredita que haverá uma mudança de conduta da indústria quando a população passar a evitar produtos com excesso desse material e, consequentemente, as embalagens com as quais são acondicionados. "É importante lembrar que a utilização do plástico como matéria-prima, nem que seja por poucos minutos, vai gerar um custo alto para o meio ambiente", observa.

Estimativa do Fórum Econômico Mundial dão conta de que existem 150 milhões de toneladas métricas de plásticos nos oceanos e, se o consumo seguir no mesmo ritmo dos números atuais, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050. Uma pesquisa feita pela University of Victoria (Canadá), que reúne 26 estudos, prova que em decorrência da poluição marítima, os humanos ingerem entre 74 e 121 mil partículas desse material por ano, ou seja, são 605 metros de fita plástica no intestino.

O Parlamento Europeu aprovou, em março, uma legislação - que entrará em vigor em 2021 - para banir em toda a União Europeia uma série de produtos plásticos descartáveis, incluindo cotonetes, canudos, copos, pratos e talheres. O Brasil também já tomou algumas iniciativas neste sentido, em relação aos canudos, proibidos por lei em algumas cidades e em todo o estado de São Paulo.

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