Alfredo Henrique Schertel: Motivação e Responsabilidade Social

Trabalhar pelos outros, hoje, é uma das motivações mais fortes dentro da cada vez mais presente opção pelas ações de responsabilidade social. Por conta …

Trabalhar pelos outros, hoje, é uma das motivações mais fortes dentro da cada vez mais presente opção pelas ações de responsabilidade social. Por conta disso, Alfredo Henrique Schertel, o Diki, como todos o conhecem, vem se desdobrando em muitas facetas de um mesmo publicitário. Aos 54 anos, depois de ter passado pelas mais diferentes experiências na área em seus 33 anos de mercado, ele se diz realizado e em paz. "Hoje quero poder usar meu conhecimento e trânsito nos mais diferentes ambientes, do empresarial ao político, para abrir corações de pessoas dispostas a colaborar com projetos sociais", argumenta. Para ele, bom mesmo é ver o sorriso de uma criança contente por estar sendo bem tratada, e por isso está tão empolgado com atividades como atuar na coordenação do projeto de construção do novo Hospital da Criança Santo Antônio, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

A dedicação desse advogado, jornalista e bacharel em turismo vem ao encontro do momento em que vive. "Quero saber mais sobre o que o Dalai Lama disse da impermanência do ser, da sua obrigação consigo mesmo de produzir o melhor possível em uma vida que é apenas uma passagem", filosofa. Para Diki, isso também é possível por estar em um momento em que os filhos estão criados, e consagra um casamento de 28 anos com a mulher Marta Angélica. "Por sorte e trabalho, também nos negócios tenho conseguido bons resultados, o que me permite essa dedicação a ações de associativismo", afirma. Atualmente, ele preside a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP/RS), atua na Confederação de Publicidade dos Países de Língua Portuguesa (CPPLP) e na Federación das Associaciones de Agencias de Publicidad (Faap), e é conselheiro do Conar há oito anos.

NATUREZA E PINCÉIS

Muitos podem se perguntar como manter uma carga de atividades que ainda inclui ações para o Asilo Padre Cacique e a participação na Tropa de Dinossauros do Grupo Escoteiro Georg Black, da Sogipa. A resposta é imediata: "Nos últimos 15 anos, desligo na sexta-feira, às 18h, e viajo para Taquara, para o jardim que tenho lá - e que chamo assim porque não considero sítio aquela terrinha de dois hectares que muito curto". É para lá que Diki costuma levar os amigos. "Não sou um cara da noite, e prefiro a companhia dos mais chegados no aconchego do campo", salienta. 
O publicitário também tem em Taquara outra paixão, a pintura. É através dela que deixa fluir a carga de trabalho estressante e os diversos compromissos do dia-a-dia. "Tento ser o mais flexível possível na minha pintura, no estilo pé no chão, sem me aventurar no abstrato. Sou uma pessoa que se emociona bastante". O gosto pelas artes plásticas pode ser notado por qualquer um que visite a Símbolo. Nas paredes, quadros de publicitários amigos se encaixam às criações próprias de Schertel.

No seu refúgio, Diki Schertel também curte outra de suas predileções: cozinhar. Inverterado cozinheiro de salgados, como se define, o sócio-diretor da Símbolo aprecia os frutos do mar e prepara as mais diferentes receitas "nunca feitas com o mesmo tempero, algo que parece muito comigo, uma pessoa que gosta de experimentar as coisas". E gosta de congelar os pratos que elabora, para usufruir naqueles momentos de maior correria.

ROCK E AÇÃO SOCIAL

Desde que visitou, pela primeira vez, a Europa e Estados Unidos, Diki trouxe para si uma paixão musical pelo rock´n roll e blues. "Em 67, tive uma experiência incrível ao viajar pelo mundo com um grupo chamado Viva Gente, com quem tive a oportunidade de conhecer novas culturas que nasciam naquela época", lembra. Nessa empreitada, nem tudo eram flores. Segundo o executivo, os integrantes se revezavam para dar palestras no Rotary Club em algumas cidades pelas quais passavam, principalmente na Europa. "Foi uma boa, ou a melhor fase de minha vida", diz, sem deixar de registrar que vive um bom momento, "com os negócios indo direitinho e os dois filhos criados".

Diki Schertel não avança na conversa quando as questões dizem respeito à política e economia. Para ele, ambas são coisas cíclicas, que tendem a ser favoráveis a uns, enquanto muitos outros estão sofrendo com suas diretrizes e ações. "Em casos como esse, sempre lembro do que me diz o meu filho surfista: pai, não esquenta, sempre vem uma boa onda. O problema é que eu quero criar ela, o que se torna um paradoxo".A paixão pelas crianças é o motor que move outras ações do diretor da Símbolo. "Tenho uma atração natural pelos pequenos, o que me dá ainda mais alegria de viver com sorriso nos lábios", afirma. Dessa constatação, tira forças para engrenar mais uma atividade na área social.

Embora ainda não consolidado, esse é um dos objetivos que ele trata com muita dedicação, podendo ser considerado o seu próximo projeto de vida. "Estou discutindo com amigos de uma grande empresa gaúcha, que realiza um trabalho de responsabilidade social muito interessante, a criação de um Centro de Formação Profissional para Adolescentes", diz. Sua idéia é assumir a coordenação dessa iniciativa, que atenderia centenas de crianças e jovens, podendo conceder-lhes novas oportunidades para ingressar no mercado de trabalho, com geração de renda e reflexo na estruturação familiar dessas famílias. "Esse trabalho, eu quero fazer o mais rápido possível, mas também pretendo colocar em prática uma idéia que venho compartilhando com um grupo de amigos, que é a de estruturar uma empresa de palestrantes na área motivacional", revela.

Essas paixões estão bem dentro daquilo que Diki considera sua filosofia de vida: viver intensamente cada minuto, sempre procurando romper as fronteiras do desconhecido, buscando novidades, desbravando novas fronteiras. "Tenho verdadeira tesão por aquilo que ainda não conheço, o que me incentiva a ir atrás, procurar informações e tentar compreender os acontecimentos da vida", sentencia. Sobre o que entende por segredo do sucesso, Diki é incisivo: "Não acho que essa questão, para mim também desconhecida, esteja entre as que pretenda fazer qualquer esforço para descobrir".

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