Entenda como funcionará o sistema de Notas de Comunidade da Meta
Usuários serão responsáveis por denunciar conteúdos considerados nocivos
Na última terça-feira, 7, a população foi impactada com o pronunciamento de Mark Zuckerberg, CEO da Meta. Ele anunciou uma série de mudanças na regulação dos conteúdos de suas redes sociais, Facebook, Instagram e Threads. Elas decretam o fim da moderação de conteúdo, com o encerramento do programa de checagem de fatos. No lugar, a empresa adotará o método de Notas de Comunidade, em que os próprios usuários serão responsáveis por denunciar conteúdos considerados nocivos.
As Notas de Comunidade são uma forma coletiva de moderação e, segundo a Meta, uma maneira menos parcial de checagem de fatos, substituindo o trabalho de agências especializadas. A ferramenta funciona por meio de usuários voluntários, que poderão sinalizar, por meio de mensagens curtas, se o conteúdo é considerado nocivo para a comunidade.
Depois disso, outros usuários avaliam se a nota é considerada útil ou não, por meio de critérios como a clareza da informação e o uso das fontes. Se a maioria aprovar, o alerta deve aparecer embaixo das postagens. De acordo com a Meta, usuários poderão se inscrever para o processo a partir desta segunda-feira, 13. Entretanto, não divulgou quais serão os critérios avaliados.
Os riscos
Até aqui, a Meta mantinha um programa de checagem de fatos em mais de 26 idiomas ao redor do mundo, além de contratos com mais de 80 veículos de Comunicação para a realização desse trabalho de verificação. Agora, essa responsabilidade será dos usuários, que dependerão do bom senso da comunidade para considerar um conteúdo perigoso ou não.
Segundo a Meta, as plataformas só influenciarão em postagens claramente nocivas, como discursos sobre terrorismo, por exemplo. Além disso, em seu vídeo, Zuckerberg afirmou que a empresa deixará de sinalizar posts que falam sobre gênero, sexualidade e imigração, temas que podem, muitas vezes, vir acompanhados de um forte discurso de ódio. Para o CEO, "essa é a maneira de voltarmos para as raízes e origens das redes sociais."