Emocionar o consumidor para poder vender

Palestrantes destacaram os pontos sensíveis para a nova classe média brasileira

Acessar o ponto que dispara o gatilho emocional para o consumo. Para o jornalista Manoel Soares, é isto que a publicidade que quer atingir a nova classe média brasileira precisa descobrir. O comunicador falou no painel 'A verdadeira comunicação para a maioria', durante o último dia do 18º Festival de Publicidade de Gramado.
Para Manoel, que dirige a Central Única de Favelas, há um dialeto emocional neste público, formado pelas classes C e D, com quem as marcas querem se relacionar. E conhecer e compreender esse dialeto é fundamental para poder interagir com os consumidores. "Eu costumo acessar através da música, que é a única coisa que não envelhece", contou ele.
O comunicador destacou ainda a importância de os publicitários se legitimarem para que seu discurso não fique falso. "A publicidade não estava nas classes C e D quando as pessoas viveram aquilo que as toca", avaliou, por isso precisa se aproximar. "Se não, o consumidor vai pensar 'este mundo não fala comigo' e não vai ser tocado". Manoel ainda chamou atenção para que seja observada a propaganda produzida nos Estados Unidos no final dos anos 1980 e há cerca de 10 anos na África do Sul. "Esses países viveram momentos de mobilidade como o que estamos vivendo", lembrou.
O painel ainda conta com a presença do publicitário Renato Meirelles, diretor do Instituto de Pesquisas Data Popular.
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