Jornalismo na internet abre segundo dia do Festival

Profissionais abordaram a influência das redes sociais na produção de conteúdo

Com meia hora de atraso e metade do plenário ocupado, o 18º Festival Mundial de Publicidade de Gramado recomeçou nesta quinta-feira, 1º, com o diretor de produto do Grupo RBS, Marcelo Rech, abrindo o painel 'O jornalismo na era digital'. O jornalista falou da instantaneidade que a tecnologia traz e de como isso afeta a produção jornalística e de publicidade.
Segundo Rech, os jornais impressos não devem correr atrás das notícias - que as mídias sociais anteciparam - mas sim trazer análise e exclusividade. Para o jornalista, as inovações tecnológicas significam expansão da atuação dos profissionais de comunicação porque apresentam uma "nova forma de contar velhas histórias". Marcelo Rech destacou que a narrativa tradicional, com início, meio e fim, não funciona mais. "A ordem dos fatos, das leituras é definida pelo usuário", avaliou. Afirmando ser apaixonado por fotografia e imagem, Marcelo Rech disse que a web e suas derivações proporcionam uma expansão dos sentidos, com novas experiências em imagens. O jornalista apresentou alguns cases de coberturas multimídias realizadas pelo Grupo RBS, como a série 'Brasil de bombacha'.
A jornalista e publicitária Mauren Motta foi a segunda painelista. Proprietária de uma agência de produção de conteúdo para diversos meios, Mauren atua especialmente com jornalismo de entretenimento, ligado ao universo feminino, com temas como moda, beleza e comportamento. "As mulheres estão decidindo os rumos do País ao escolher o que comprar", falou, salientando a importância deste público como consumidor. A profissional apresentou um programa de webtv ainda inédito que será lançado no seu site, o www.maurenmotta.com.br, chamado Timeline, que busca histórias interessantes de anônimos disponíveis nas redes sociais. "As histórias que são contadas na timeline de cada um podem ser mais interessantes que as ficções contadas na televisão, por exemplo", explicou, destacando que site como Twitter e Facebook são, para os jornalistas, fonte, meio e audiência.
A comunicadora ainda afirmou que as redes sociais não devem ser vistas pelos veículos como concorrentes. "Não é possível concorrer com elas", sentenciou, lembrando furos jornalísticos dados na internet. Para Mauren, jornalismo e publicidade andam juntos, já que a internet trouxe mudanças na produção e na disponibilidade de conteúdos, de comunicação. "É preciso se apropriar de todas as mídias porque as informações devem ser amplificadas", disse.
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