Gustavo, Gil, Bitolo e Rafinha | Divulgação/Coletiva.net
Sob o tema "A diferença que vem das redes", o CEO da SimpleAds, Anderson Bitolo, mediou o último painel desta quinta-feira, 8, no Festival de Publicidade. Ele, que dividiu o palco com Gil Giardelli, estudioso de Cultura Digital e professor nos cursos de pós-graduação, MBA e do CIC na ESPM; Gustavo Chagas, do Porta dos Fundos; e Rafinha Bastos, que é jornalista e humorista, defendeu que o diferencial das redes é a liberdade. "Nunca se sabe se dará certo ou errado. É sempre uma surpresa", falou, referindo-se ao conteúdo publicado nas plataformas online - fotos, vídeos, textos.
Rafinha compartilhou da mesma ideia. Para ele, a beleza da internet está na possibilidade de criar. "A riqueza está no processo orgânico, que não é engessado", destacou, ao lembrar que só conseguiu começar a criar conteúdo próprio quando saiu do Grupo RBS, onde trabalhou por 10 anos. "Quando fui saído, e isso foi muito bom", brincou, envolvendo o público em um debate descontraído. Gustavo Chagas completou o time de humoristas, relembrando ao auditório lotado algumas situações pelas quais passou com as produções do Porta dos Fundos.
Além de defender que o produtor de conteúdo deva criar material que tenha a ver com o que gosta e acredita, Gustavo destacou que tal conteúdo deve ser bom para se manter. "De nada adianta você ter 10 milhões de views se você não tiver nada a dizer. Esse formato não se sustenta." Na mesma linha, Gil, que apresentou uma série de projetos inovadores de grandes empresas - sofá da Netflix que treme de acordo com as vibrações das séries, por exemplo - é adepto deste mesmo pensamento. Para ele, a experiência do usuário está tomando um lugar de destaque no mundo de hoje. "A Inteligência Artificial virou essa nova experiência e os sentidos - tato, olfato, audição - serão cada vez mais explorados", exemplificou.
No momento das perguntas da plateia, uma em especial, foi ovacionada quando lida por Rafinha: "O que você acha de um evento de publicidade sem wifi?". A crítica à falta de internet sem fio foi contestada com um irônico: "Comprem 3G".