O segundo dia de programação do 25º Set Universitário trouxe uma aula sobre relacionamento entre marca e clientes. A diretora geral de Relações Públicas da agência norte-americana Edelman Significa, Leticia Lyra, e o diretor das áreas Comercial e de Marketing da Vonpar, Luiz Fernando de Mattos, expuseram a complexidade das interações sociais no cenário atual e a dificuldade de se traçar uma estratégia global de comunicação.
Em conversa informal, Luiz Fernando contou especificamente sobre a Coca-Cola. "Temos uma marca que convive muito com a gente, então temos que estar sempre pensando nas conexões com as pessoas. A Coca-Cola é um grande desafio", afirmou. Ele mostrou as principais campanhas publicitárias da marca e sua estratégia de marketing, que procura explicitar um lado cultural forte, apresentando elementos essenciais como a família, o respeito e as diferenças raciais. "A Coca-Cola vem trabalhando há dois anos com as razões de acreditar em um mundo melhor. A gente quer mostrar que os bons são a maioria", salienta.
Atenta à proximidade da Copa do Mundo no Brasil, a marca, segundo Luiz Fernando, aproveita a parceria firmada com a Fifa em 1974 para utilizar o esporte como meio de interação com o público local. O projeto da Vonpar para Porto Alegre, no ano da competição, começou nesta edição do SET, com a oficina Desafio Positivo Coca-Cola. "Esperamos que saiam três grandes ideias para a empresa. A Copa não é um fim para gente. Queremos continuar esse desafio após o evento".
Leticia fez uma análise da atuação do Relações Públicas na interação das marcas com seus públicos de interesse. "A profissão tem se tornado mais conhecida e abrangente. Assumimos um posto estratégico na comunicação com os consumidores", salientou. Ela ressaltou que a mudança no comportamento faz com que os consumidores assumam um papel mais ativo, como produtores de conteúdo. "Hoje todo mundo é mídia. Todos que têm um Twitter, um blog, ou uma página no Facebook, são um canal", afirma.
Para ela, não adianta as empresas estarem envolvidas em apenas uma atividade, como ter uma página no Facebook ou uma boa assessoria de imprensa. É necessário atrair a participação do público para que ele se sinta parte da organização.  "Os produtos são muito parecidos. As empresas têm de batalhar por um propósito e se relacionar de modo pessoal com o consumidor para torná-lo um embaixador de seus valores", finalizou Leticia.