As marcas como agente de transformação para a sustentabilidade

Terceiro painel debateu a importância da coerência de propósitos nas empresas

O painel "Sustentabilidade: Comunicação e Marcas na Berlinda", marcado para iniciar às 10h30, começou apenas pouco antes do meio-dia. O destaque do debate foi a abordagem da conferencista Christina Carvalho Pinto, presidente da  Full Jazz, de São Paulo. Após definir o conceito da palavra marca, como ela é construída e a capacidade de atribuir poder, status e notoriedade, a executiva alertou para uma tendência em função da mudança de consciência a partir da necessidade da sustentabilidade ambiental. "As marcas devem entender qual o seu papel enquanto agente de transformação. Somente as empresas que forem coerentes em seus propósitos terão futuro", alertou.


Segundo ela, a maioria das empresas está iniciando um movimento interno para desembocarem em uma nova consciência. A estratégia de causar a falsa impressão de que uma marca pode fazer uma pessoa se sentir inferiorizada, e pensar que tem carência de usar determinada grife, não dará certo daqui pra frente. "Hoje em dia os seres humanos buscam outras coisas. E finalmente existe esta mudança de consciência", completou. 


Pancho González, diretor criativo da Unitas, do Chile, questionou o público se a propaganda é boa ou ruim. Após exibir imagens contrastantes, entre campanhas de liquidações e retratos da miséria ao redor do mundo, concluiu que ela pode ser boa, desde que seja bem feita, provocando e estimulando um jeito consciente de ser publicitário.


Também participaram como debatedores a jornalista Ana Paula Jung, da Editora Referência, e o diretor do SBT no Rio Grande do Sul, Luis Alberto Campos Cruz. Ele citou como exemplo uma das ações da emissora, que só em 2007 contabilizou o equivalente a R$ 9 milhões em campanhas sociais veiculadas gratuitamente. "É importante dar vazão a este tipo de ação", acrescentou.

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