Por João Firme*
Os prefeituráveis do segundo turno deveriam auscultar para o planejamento de comunicação do município alguns segmentos da sociedade, principalmente os que desenvolvem a economia.
A propaganda necessita ser ouvida através dos dirigentes das entidades representativas das agências e dos profissionais. Com sobradas razões, postulam uma nova matriz tributária do Imposto de Serviços que, em Porto Alegre, alcançou o teto máximo de 5% sobre a mídia e trabalhos internos, enquanto no Rio de Janeiro, e alguns municípios do RS, a alíquota é de 3%.
Como se sabe, o imposto sobre serviços é representativo quando existe consumo, e Porto Alegre tem nas classes A e B a melhor referência para teste de lançamentos de novos produtos. Um exemplo disso é a campanha "Liquida Porto Alegre", uma mídia que gera receitas numa época em que o mercado se retrai.
A cidade de São Paulo vem perdendo muitas empresas para o interior e Alphaville está se tornando a capital da publicidade com a transferência da 1sede de inúmeras agências atraídas pelos 2% do ISSQN.
Em Porto Alegre está se esboçando movimento para instalação de agências e empresas de serviços em municípios próximos que têm tributo de 3%, 2% e até zero.
O que mais deseja o Sindicato das Agências de Propaganda do RS - SAPERGS é dialogar com o novo prefeito municipal para explicar as dificuldades que têm as agências para crescerem e oferecer mais empregos aos comunicadores. As agências pleiteiam um tratamento igual de isenção ao do turismo, pois este segmento vende com a publicidade, ferramenta imprescindível.
Outro pleito das agências é a volta das licitações para a publicidade social das prefeituras que negociam a mídia diretamente, o que é danoso para a atividade publicitária.
O SAPERGS entrará na fila em 2005 para uma audiência de cumprimentos e abrir um diálogo com o novo mandatário portoalegrense.
* João Firme é publicitário, ´residente do Sapergs e secetário-executivo da Alap - Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade.
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