Quem vai ganhar?

Por Janaína Rolim Imagine a gasolina custando US$ 20,62 o galão (3 litros), nos Estados Unidos. Não, isso não é uma previsão com base …

Por Janaína Rolim

Imagine a gasolina custando US$ 20,62 o galão (3 litros), nos Estados Unidos. Não, isso não é uma previsão com base em um indíce inflacionário irreal. Esse foi realmente o valor apontado pelo professor Mike Bernacchi da Universidade de Detroit Mercy ao prever o valor do combustível caso sofresse o mesmo aumento que a propaganda do intervalo do Super Bowl sofreu nos seus 40 anos de existência.


No último domingo, o maior evento da TV americana cobrou de cada anunciante US$ 2,6 milhões por 30 segundos de comerciais. Há 40 anos, custava US$ 40 mil para aparecer nos intervalos da grande competição. Isso significa que o custo da publicidade neste 40º Super Bowl esteve 62,5 vezes maior que o do primeiro ano do evento.


A emissora que é contemplada com a transmissão da final do grande campeonato de futebol americano, neste ano a ABC, realmente tem um bom lucro. No entanto, tudo indica que o futuro da TV não parece tão próspero.


Está na hora das redes de televisão aproveitarem o bom retorno publicitário para apostar na reinvenção do meio.


Com as novas tecnologias, a TV está perdendo o seu caráter de meio de comunicação de massa. Segundo alguns analistas americanos, o 40º Super Bowl poderá ter sido a última vez em que os americanos reuniram-se para assistir simultaneamente à competição. Isto porque, com as inovações tecnológicas, a tendência é de que as pessoas passem a ter horários diferenciados para ver TV, e o mais importante: sem assistir comerciais.


A Tivo, o Ipod e a internet são provas de que não é mais preciso parar a vida por causa de uma determinada programação. Cada vez mais a TV está se adequando à rotina do ser humano e não vice-versa. Graças a Deus!!!


Com a Tivo, o telespectador pode gravar o Super Bowl e assistir na hora que desejar e sem intervalos comerciais. Já os Ipods permitem o downloading do jogo até mesmo enquanto se está realizando um trabalho na internet ou conversando com um amigo por telefone. A internet vem roubando a audiência da TV com a possibilidade de o internauta fazer downloading de seus programas preferidos. Desta maneira, quem precisa sentar na frente da TV no mesmo horário que o restante da audiência para assistir uma programação?


Há quem diga que é impossível a população não querer assistir junta o Super Bowl. Seria o mesmo que um brasileiro deixar para ver mais tarde a final da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. No entanto, especialistas em cultura popular afirmam que, assim como as tecnologias mudam, o comportamento da população também. Novas situações farão as próximas gerações vibrarem. Quem nunca viu uma final de Copa do Mundo com a cidade totalmente vazia e todo mundo na frente da TV, realmente não vai sentir a menor falta disso. Assim como, quem nunca foi obrigado a ver comerciais televisivos, não irá parar para assistir quando tem a possibilidade de apenas dar um fast forward e ir direto para a programação.


Obviamente, sem um grande público, a TV não conseguirá manter um valor tão alto em relação ao custo da propaganda. Mas talvez no caso do Super Bowl seja diferente, pois os comerciais do Super Bowl são uma tradição tão grande para o americano quanto a própria disputa, visto que os americanos são muito mais fanáticos por consumo do que apaixonados por futebol como todo brasileiro. Talvez por este motivo a propaganda americana consiga ainda fazer parte deste jogo e entrar para ganhar por mais alguns anos.


Se você também é um fanático pelos comerciais do 40º Super Bowl visite o site www.superbowl-ads.com.

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