Netflix cresce no mercado audiovisual | Crédito: Andrew Harrer/Getty Images
Com quatro anos de operação no Brasil e cerca de 2,5 milhões de assinantes no País, a Netflix tem previsão de faturamento em torno de R$ 500 milhões neste ano. O valor, segundo o site Notícias da TV, supera as receitas da Band e da RedeTV!, posicionadas, respectivamente, como quarta e quinta maiores redes abertas nacionais. O Brasil já é o quarto maior mercado mundial do serviço de vídeo, atrás apenas de Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
O crescimento da companhia também chama a atenção de executivos de TV por assinatura, que deram ao canal o apelido de "Uber" do mercado audiovisual, em uma referência ao aplicativo que vem tirando passageiros dos taxistas. Até o momento, a empresa não é taxada como os demais negócios do setor, o que gera reclamações de operadoras e programadoras de TV paga, que alegam que a Netflix tem vantagem competitiva. Esses impostos reduziriam seu custo operacional em 50%.
Isso ocorre porque a modalidade de serviço que a companhia oferece (chamado de OTT, over-the-top) não é regulamentado no País. Esse processo também enfrenta dificuldades por se tratar de um conteúdo servido globalmente, na "nuvem", no ambiente de relativa liberdade da internet. A Agência Nacional de Cinema (Ancine) já manifestou o interesse em criar, ainda neste ano, um marco regulatório para empresas de tecnologia OTT TV.