Nós cantamos a pedra

      Nós já havíamos cantado aquela pedra. Flávio Wild, lembra? Procure em nossas clônicas (porque cada clônica é apenas uma) e você achará algumas milhares …

      Nós já havíamos cantado aquela pedra. Flávio Wild, lembra? Procure em nossas clônicas (porque cada clônica é apenas uma) e você achará algumas milhares de citações desse cara que eu nem conheço. Falei dele uma dezena de vezes. Mostrei um livrinho dele. Queria ir a São Paulo para ver aquele que seria o prêmio ouro a receber a honraria brasileira. But, não deu. Juro que eu ia contar tudinho. Levou o Prêmio Ouro ADG na categoria Ambientação, com a obra Porões da Mente, apresentada também na 3a Bienal do Mercosul no Hospital Psiquiátrico São Pedro.
      Buenas. E a Gad também levou mais uma: Fundacine Gad´Design, premiado na categoria Símbolos e Logotipos. Esses caras premiados em Nova York deixam a gente com água na boca. (Parênteses técnico: vocês sabem, eu deveria mostrar as obras. Porém, ainda não será desta vez. Aguardem, entretanto, pois chegará o catálogo da 6ª Bienal de Design Gráfico ADG/Brasil. Talvez a Gad e o Flávio pudessem enviar para este pequeno espaço, uma mostra de suas obras premiadas. Seria um marco.)
      Outros dois artistas gráficos gaúchos levaram o prêmioAçorianos Menção Honrosa em Porto Alegre/RS pelas mais de 60 capas de cds produzidas ao longo do ano de 2001. Dentre elas, algumas capas para a Acit, Selo Antídoto, Stop Records, e independentes. Muito legal. Luis Carlos Fetter e André Coelho, agora com a empresa Vetor. (Um amigo, outro dia comentava sobre a relação entre as capas de cds e os bolachões. A diferença para produzí-los, imaginar aquele espaço do bolachão, que parece fazer de uma tela de cinema, um home theater. Para o tamanho cd, no caso. Qual é a dificuldade? Tá bem. Falaremos com este pessoal durante a semana e contaremos tudo. E já pedimos as capas para o Fetter também). Os interleitores estão ficando muito exigentes. E o tempo urge.
Sobre o Momix, de saída
      Quando eu era pequena, e menina-bailarina, fui ao Teatro Independência com minha mãe ver o Royal Ballet. Fomos de mezanino e, naquela época, os cenários e a perfeição técnica chamaram nossa atenção. Agora, 40 anos depois, me esgueiro pela casa para ver Momix, fugindo de minhas duas pequenas que gostariam muito de ter ido. Ficam inviáveis os programas familiares com os preços praticados hoje pelos melhores da dança. Fui rápida, um tchauzinho e já estava no carro. O espetáculo foi artístico, plástico, poético, acrobático e científico, biônico eu diria. Qualquer semelhança com insetos e a biodiversidade não foi uma coincidência. O fato foi salientado em um comentário de uma ecologista amiga. Eu nem havia notado, apesar de já ter lido algo sobre o espetáculo. A pesquisa de dança no palco lembrou que todos estamos procurando o ponto de largada para o novo século. Muito bom também foi o público que lotou as três sessões no teatro do Sesi dando sinais de que poderiam ser mais numerosas as apresentações, e bem mais baratas. Devo essa para as minhas meninas-bailarinas.
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