Os espaços públicos

      Guerra por espaço. Essa expressão foi definida pela ocupação de uma obra de arte em praça pública em Porto Alegre por um cidadão que …

img src="fotos/coluna_clo1_05_04.jpg" align="right" border="1">      Guerra por espaço. Essa expressão foi definida pela ocupação de uma obra de arte em praça pública em Porto Alegre por um cidadão que resolveu adotá-la como moradia. A foto foi publicada no jornal Zero Hora do dia 28 de março. Foto de Fernando Gomes.
      A mesma disputa e a mesma convivência turbulenta chamam nossa atenção na reunião de artistas, profissionais da cultura, obreiros e pessoas envolvidas no processo de arte por ocasião da 25a Bienal de São Paulo. A nossa bola da vez. No bom sentido.
       Além da megaexposição em São Paulo, importantes são as mostras off-bienal, complementares e contemporâneas realizadas em diferentes ocupações do espaço público na cidade de São Paulo. Dada como alternativa, a experiência é reportada no Caderno T, do Instituto Takano, inserido na Revista Bravo de março. Curioso, porém, é que na 3a Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, este mesmo espaço público foi ocupado em uma proposta (ou tentativa) de interferência, sempre que possível aberta, em que a cidade é oferecida para a percepção dos seus cidadãos, cegos por viverem nela, e no caso de São Paulo, por morrerem nela, considerando a maior degradação da qualidade de vida ocasionada pelo massacre na guerra por espaços. Tais ocupações de arte nos trazem um sentimento de romper fronteiras, de mover a criação e a criatura em contêineres, como colecionadores.
      Enquanto isso, em São Paulo essa ocupação/troca se realiza através do esforço de importantes e poderosas galerias paulistas. Em uma destas mostras, alternativas a 25a Bienal, pavilhões de uma antiga fábrica de tecidos, abandonada há 20 anos e hoje propriedade do Sesc, recebem as obras. Em outras partes da cidade, outras interferências como os bondes empilhados em um antigo terminal ferroviário, na obra de José Resende.
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