Porto Alegre mais colorida e mais democrática

Pelo menos até o final de outubro, Porto Alegre estará mais colorida e mais democrática. Nas ruas. Nas esquinas. Nos comícios. Na propaganda eleitoral …

Pelo menos até o final de outubro, Porto Alegre estará mais colorida e mais democrática. Nas ruas. Nas esquinas. Nos comícios. Na propaganda eleitoral gratuita. Nos debates. Nas feiras. Nos parques. Nas praças. Nos locais de grande concentração urbana. A cidade irá sentir o cheiro das eleições municipais, que ocorrem no dia 2 de outubro, em primeiro turno, e no dia 30 de outubro, em segundo turno. A capital do Rio Grande do Sul viverá a experiência de uma nova eleição para prefeito, vice-prefeito e vereadores e é o momento de escolher qual o tipo de cidade que você deseja para viver nos próximos anos.
E desde ontem, com o início oficial da campanha para as eleições, Porto Alegre já começou a vestir as roupas da democracia. Independente de qual candidato você apoia. Independente se você acredita ou não no poder do voto. Independente se você veste a camiseta e participa ativamente da mobilização para algum candidato. Independente se está descrente ou não da política (muito em função do cenário atual). É impossível ficar alheio aos movimentos do período eleitoral. É impossível não perceber que a cidade estará em total rebuliço nos próximos dois meses e meio.
Como eu, tradicionalmente, tenho uma participação política mais incisiva, isto é, sou militante ativa dentro de um partido político, reprogramei a minha vida a partir de agora. Até o final das eleições, vou respirar e transpirar política. Sei que os horários de folga serão destinados às inúmeras plenárias e reuniões da chapa majoritária. Sei que nos intervalos do almoço deverei trocar as refeições calmas e equilibradas pelas concentrações para entregar panfletos. Sei que os finais de semana terão as caminhadas nas praças e no Brique da Redenção para apoiar os meus candidatos.
Gosto desta minha agenda completamente comprometida pelas tarefas da política. Gosto de saber que tenho algum poder de mudar alguma coisa (ou pelo menos tentar) com o meu voto nas eleições. Gosto de ver as bandeiras sendo agitadas nos comícios, nas carreatas, nas caminhadas. Sejam elas de qualquer partido (claro que sendo do meu, tende a me alegrar mais). Gosto até de ver a falta de vergonha de tanta promessa feita na propaganda eleitoral gratuita que jamais será cumprida. Gosto demais destes meses em que Porto Alegre vira a capital colorida da democracia.
Não preciso dizer para qual candidato a prefeito irá o meu voto seguro e confiante na urna eletrônica nestas eleições de 2016. Quem me acompanha na minha vida ou lê meus rabiscos, sabe exatamente qual a minha tendência. Não sei se irei revelar até o final deste processo. Talvez. O importante é que desejo uma campanha limpa para todos e todas. Uma campanha transparente para todos e todas. Uma campanha com promessas viáveis de serem cumpridas para todos e todas. Uma campanha que alegre esta cidade. Uma campanha que pinte com as cores da democracia os muros de Porto Alegre. Uma campanha que orgulhe o candidato/candidata, o eleitor e, principalmente, ajude a mudar e transformar a cidade.

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve passagens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

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