Da redução dos tamanhos dos produtos no supermercado

Classifico como no mínimo desagradável o fenômeno de redução dos tamanhos dos produtos (e por consequência dos seus pesos) que vem ocorrendo já há …

Classifico como no mínimo desagradável o fenômeno de redução dos tamanhos dos produtos (e por consequência dos seus pesos) que vem ocorrendo já há um tempo na indústria e nas gôndolas dos supermercados. Dois dias atrás, fui comer um biscoito e notei que ele havia reduzido de tamanho e de peso. As dimensões de sua embalagem permaneciam intacta.
Posso citar incontáveis produtos que tiveram seus pesos e formatos reduzidos. Porém, algo que me desagrada mais ainda, as dimensões das embalagens permaneceram as mesmas, o que nos induz a pensar que o peso dos produtos que estão dentro também e os preços, ao contrário do que seria de se esperar (que tivessem reduzido os valores, já que nas embalagens estão contidos menos produtos), tiveram aumento.
Desculpe-me indústria, mas não tem explicação.
Ah, existe a "regulamentação" governamental de que a redução deve ser informada na embalagem. Esta informação de redução está muitas vezes discretissimamente informada, o que igualmente induz o consumidor a pensar que está comprando a mesma quantidade de produto.
A indústria certamente explicará dizendo que aumentaram os preços dos insumos, etc, etc. Mas o marketing não é feito somente de fatos objetivos, mas sim de sensações. E a sensação que esta estratégia passa é de que estão me tirando (consumidor) para otário.
Pesquisei e detectei que não sou só eu quem está percebendo este fenômeno e ficando indignado, mas todas (repito: todas) as pessoas de minhas relações pessoais e profissionais.
A pior estratégia possível foi adotada neste caso. Fica algo sub-reptício, enganador e não há como a imagem destas empresas não ser afetada. São gastos milhões de reais para tentar fidelizar o cliente e toma-se esta decisão catastrófica, que vai corroendo a marca até que ela naufrague.
E não importa que sejam muitas as empresas que adotaram esta prática, o que poderia de alguma forma blindar as indústrias. O que importa é que paga-se muito mais por muito menos. Um exemplo simples? As barras de chocolate há não muito tempo atrás eram de 200g. Hoje, no máximo 120g. Uma redução para lá de significativa, de quase 50%.
A sensação que tenho é que como os tamanhos dos produtos vão reduzindo, reduzindo, reduzindo (e os preços aumentando, aumentando, aumentando), em breve compraremos embalagens vazias. Pagaremos só pela marca e embalagem, sem produto. Porque a redução está tendendo ao infinito e os preços seguem aumentando.
Cansa ser consumidor no Brasil.
Dicas do Guion
17/11 (quinta) a 23/11 (quarta)
E a pedida é a Sétima Arte, com estreias e grandes continuações no Guion. Nas estreias, anotamos Elle, com direção de Paul Verhoeven, tendo no elenco Isabelle Huppert, Laurente Lafitte e Anne Cosigny (França/Alemanha, 131min, suspense), com crítica amplamente favorável a esta trama. Temos ainda As Confissões, dirigido por Roberto Andò, tendo no elenco o festejado Toni Servillo, Daniel Auteuil e Pierfrancesco Favino (Itália/França, 108min, drama). Por fim, nas estreias, temos o filme japonês Depois da Tempestade, com direção de Hirokazu Koreeda, que recebeu o Prêmio de Melhor Filme na Mostra Internacional de São Paulo (Japão, 118 min, drama). As continuações são O Ignorante, com mais uma grande atuação de Catherine Deneuve e direção de Paul Vecchiali (França, 122 min, drama) e Kóblic, com uma fantástica atuação de Ricardo Darín, dirigido por Sebastián Borensztein (Argentina/Espanha, 97min, suspense). Teremos uma queda de temperatura a partir desta quinta, o que chama para uma sala de cinema. Confira os horários e outras informações no site www.guion.com.br.

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