Medos e ataques

Não me refiro aqui aos medos mais comuns, como o de sair à rua, o medo da violência, medo do futuro, entre tantos outros medos que as pessoas referem. Falo do medo dos outros.

Vivemos uma época de radicalismos, em que você nunca sabe se o outro (seja lá o papel que este outro exerça em sua vida) vai atacar. Este é um medo atávico, que remonta, claro, à época das cavernas. Tanto assim, que nossos ancestrais atacavam tribos adversárias (ou às vezes não) pelo medo de serem atacados.

Radicalismos impregnam os nossos dias, sugerindo que a alma humana é beligerante em sua totalidade. Porém, a alma humana é beligerante, mas não em sua totalidade. Não imagino os seres humanos "limpinhos", portadores somente de bons e elevados sentimentos. Com um pouco de bagagem na vida e estudo, fica claro e às claras que as pessoas são capazes de muitas, mas muitas coisas. Em algumas circunstâncias (aí sim, extremas) são capazes de tudo.

Claro que as redes sociais impulsionam sobremaneira esta tendência, pois é possível atacar à distância e de forma clean. As vozes nas redes sociais são mais intensas, com as pessoas muitas vezes vociferando contra o que (ou quem) acham "errado" (do seu ponto de vista, é claro). Antigamente, era necessário estar frente à frente de alguém para dizer-lhes poucas e boas. E não se sabia qual poderia ser a reação da outra pessoa, eventualmente até de atacá-lo fisicamente. Pois bem, o medo (considerando a distância virtual) diminuiu, as ofensas aumentaram (e muito). São medos de ataques que, eventualmente consumados, podem efetivamente abalar a imagem de alguém, sejam os ataques fundamentados em verdades ou não. Isto, para uma grande massa que ataca, tanto faz.

E dentro do espectro dos medos, um medo acompanha o homem (como gênero masculino, não como espécie) ao longo dos séculos: o medo das mulheres. A incompreensão dos homens para com as mulheres e algumas de suas características e atributos (as mulheres são multitarefa, estão sempre atentas aos menores detalhes, são capazes de gerar um outro ser humano dentro de si, além de é claro serem anatomicamente diferentes), fez com que o homem passasse a temer as mulheres. Claro que não é um temer de sair correndo, mas houve um distanciamento, impulsionado por uma incompreensão, que se transformou em medo. Tanto é assim que, do meu ponto de vista, é uma das causas do machismo. Lembram aquela tribo de que falei no começo? A que atacava com medo de ser atacada pela outra tribo? Voilá. Nem mesmo o grande Sigmund Freud conseguiu compreender profundamente as mulheres, considerando-as um território desconhecido. Se formos analisar a obra de um dos mestres do pensamento humano, ele foi um analista do comportamento, neuroses e patologias a partir da realidade, pensamento e comportamento masculino. Claro que muitas destas coisas se aplicam a ambos os sexos, mas experimente aprofundar a leitura deste gênio, encontrando um foco no feminino. Não vai ser fácil.

Alguns (não muitos) homens conseguem se aproximar ou até (um grupo menor ainda na humanidade) realmente compreender a alma feminina. Mas isto é tarefa para poucos, dotados de uma sensibilidade efetivamente muito, mas muito aguçada.

Assim é que medos e ataques fazem parte da problemática humana, ainda mais em tempos de radicalismos e falsos moralismos. Do que você tem medo, neste sentido? Como eu disse, não vale medo da violência de ser assaltado, de baterem no seu carro, estas coisas. Do que (se é que tem) você tem medo nestes tempos atuais? Pense. E encontrará, tenho certeza. E não falo de pavor, falo somente de medo. Mas um medo que vai se entranhando, entrando pelo vão de suas células, até que você o sinta sem senti-lo. Todos os dias.

É mais do que hora de evoluirmos como espécie. Evoluímos tanto em tanta coisa! Como deixar que algo que nos é presente há séculos, milênios, continue exercendo um papel tão importante nas nossas vidas?

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