"A crise obriga a indústria a ser criativa", diz Zeca Honorato

Sem perspectiva de mudanças para o próximo ano, segmento da Publicidade deve manter atitudes de recessão adotadas em 2015

Zeca Honorato | Divulgação
Em reflexão ao Dia da Propaganda, o diretor da Agência AMA e futuro presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Zeca Honorato, traça um panorama sobre o momento atual do segmento e as perspectivas para 2016.
Segundo Zeca, como o setor vive o reflexo direto da economia brasileira, o ano de 2015 foi complicado para as agências e agentes de Comunicação de maneira geral, principalmente no segundo semestre. Zeca explica que o recuo de vendas em todas as áreas afeta diretamente o segmento, fazendo com que as empresas de propaganda busquem alternativas para o cliente e para driblar a crise.
"Temos que ver o lado positivo da crise. Com essa recessão, nós nos obrigamos a procurar novas formas de fazer publicidade", disse em entrevista ao Coletiva.net. Honorato ainda defende que o panorama de 2015 ajudará a enfrentar as dificuldades do próximo ano sem surpresas, visto que as agências já estão preparadas para os desafios e para a crise.
Para 2016, Zeca aconselha os agentes do setor a buscarem rever planejamentos, estrutura e outros formatos de comunicação. "A crise gera oportunidades e nos obriga a ficarmos mais atentos e mobilizados", falou e acrescentou que essas atitudes devem ser tomadas para não penalizar os clientes.
Devido às dificuldades já enfrentadas neste ano, o segmento entra em 2016 com uma realidade já instalada, organizado para o cenário de paralisação que se projeta. "As empresas já nascem no próximo ano mais enxutas e mobilizadas a criar receitas". Ele ainda acredita que a propaganda pode ser uma das formas de recuperação da economia, uma vez que as marcas precisam retomar espaço no mercado.

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