Realizaram-se na tarde desta quinta-feira, 13, as cerimônias fúnebres do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão enquanto trabalhava na cobertura de uma manifestação. Vários jornalistas que conheciam Santiago chegaram ao local vestindo uma camisa com uma charge em sua homenagem. Atrás, havia a frase: 'Poderia ter sido um de nós'. Os colegas de trabalho também relembraram os momentos de alegria e descontração compartilhados com o amigo.
O presidente da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (Arfoc), Itamar Aguiar, compareceu ao velório do profissional, no Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio. Além de prestar solidariedade à família do cinegrafista, o dirigente da Arfoc destacou a necessidade de apuração completa dos fatos na esfera policial. Itamar também afirmou que confia na justiça "para a aplicação de uma pena exemplar aos autores deste ato covarde que atentou contra a vida do profissional".
Andrade foi atingido na cabeça por um rojão quando registrava o confronto na quinta-feira, 6, entre a Polícia Militar e manifestantes, no Centro do Rio. Ele sofreu um afundamento do crânio, foi submetido a uma cirurgia e ficou quatro dias internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar. Na segunda-feira, teve morte cerebral. A família decidiu doar os órgãos do cinegrafista.

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