Ataques virtuais e bugs ameaçam qualidade do Facebook

Repetição de incidentes pode indicar dificuldade da rede para enfrentar problemas com eficiência

Considerada a maior rede social do mundo, o Facebook, como era de se esperar, também está se tornando alvo preferencial de ataques virtuais. Menos esperado, no entanto, é a aparente dificuldade da empresa para enfrentar com eficiência as ameaças que se repetem com frequência constrangedora. Nos últimos dias, a situação se agravou com falhas relacionadas os problemas de segurança e privacidade que têm caracterizado o site. No final de abril, a empresa de segurança computacional Sophos enviou correspondência ao Facebook alertando sobre o perigo. Agora, passados os 10 primeiros dias de maio, boa parte dos 19 milhões de usuários no Brasil reclama de mensagens enviadas que não chegam ao destino, notificações que demoram mais do que um telegrama, e-mails enviados sem autorização e até postagens que não aparecem no mural.
Os bugs surgiram na esteira de recentes ataques virtuais, que disseminaram spam e vírus. As ameaças chegam na forma de ataques do tipo phishing -fraude eletrônica caracterizada por tentativas de adquirir fotos e músicas e outros dados pessoais, ao se fazer passar como uma pessoa confiável ou uma empresa enviando uma comunicação eletrônica oficial - e de aplicativos maliciosos. A Sophos sugere ao Facebook alterar a configuração de contas, tornando padrão o modo privacidade máxima - hoje, uma opção. Outra medida seria filtrar aplicativos e desenvolvedores, antes de publicá-los. Em resposta à reportagem da Folha de S.Paulo sobre o assunto, a assessoria do Facebook no Brasil diz que os problemas e erros são isolados. "Cada problema tem uma resposta técnica e uma solução isolada."
Atualmente, uma das pragas que circula entre as páginas de usuários promete um iPad em troca da revelação de dados sigilosos. Outra promete desvendar "como você vai ficar no futuro". Ao clicar nos links, o incauto usuário é direcionado para páginas maliciosas. No histórico de ataques sofridos pela rede, destacam-se a perda de dados de milhares de contas em outubro de 2009, o Profile Watcher, aplicativo que prometia mostrar quem acessa o perfil do usuário, no final de 2010, e o estrago feito na conta do próprio fundador da rede social, Mark Zuckerberg, e contra o funcionamento do site na Tunísia, em janeiro deste ano.

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