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A atriz Marisa Orth comanda o painel Fala Feminina, que ocorre daqui a pouco, no Sheraton Hotel, encerrando as atividades do primeiro dia da Semana ARP de Comunicação. Para a atriz, a publicidade reflete os movimentos da sociedade. Ela afirma que a competitividade por formas perfeitas é, na verdade, das mulheres. "Vejo a mulher como uma cafetina de si mesma. É objeto, mas o dinheiro é seu." Ela também manda um recado para o público feminino: "Não vamos excluir os homens, vamos ter um pouco mais de tolerância com eles".
Em entrevista a Coletiva.net, as debatedoras adiantaram seus tópicos de abordagem. A editora de cultura da Zero Hora, Cláudia Laitano, que será a mediadora do painel, informou que seu papel será apimentar as discussões sobre o tema e salientar os diferentes perfis das profissionais presentes.
Tetê Pacheco, publicitária da agência Centoeseis, explicou que pretende levantar a questão do estereótipo da mulher na propaganda. Segundo ela, há uma divisão entre boa e má publicidade. Estereótipo é a falta de qualidade na campanha, quando algum processo é falho. "Se a publicidade é boa, nem percebem-se os estereótipos, porque o que importa não é com quem se está falando e sim a mensagem que se quer passar".
Cláudia Giudice, da Editora Abril, comentou de que maneira as revistas conseguem ser a mídia preferida das mulheres. De acordo com Cláudia, existem diferentes falas femininas, que variam de acordo com o momento atual da mulher e sua classe social, e lembrou que o mercado feminino é o segmento com maior número de publicações da Editora Abril.
Discutir de que forma a mulher é representada no mercado publicitário será o item de debate da professora de Comunicação Social da Feevale, Sarai Schmidt . A mestre comentará desde propagandas infantis, que já mostram uma abordagem estereotipada, até a fase adulta. "A mídia nos educa para olhar o mundo de uma forma conservadora e tradicional", afirmou ela.