Diretor de Comunicação revela estratégias da Google

Carlos Felix Ximenes esteve em Porto Alegre, participando do evento "Meeting do Marketing"

Organizar toda informação disponível no mundo e torná-la acessível é o objetivo da empresa Google, mas isto não significa que sua estratégia faça parte "de um grande plano de dominação do mundo". Foi com esta apresentação que o diretor de Comunicação da Google no Brasil, Carlos Felix Ximenes, palestrou agora ao meio-dia no evento Meeting do Marketing, promovido pela Federasul e que atraiu cerca de 150 participantes, todos muito interessados em conhecer as estratégias do principal site de buscas na internet.


Ximenes fez questão de ressaltar o alto potencial do mercado anunciante disponível na web, em especial no Brasil, cujos internautas não resistem a novas tecnologias e são os que mais acessam a internet no mundo, com uma média de 24 horas por mês. Com isto, formam o mercado mais promissor para o Google no chamado BRIC - termo usado para designar os quatro principais países emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia e China. "Mais brasileiros entram diariamente online, o que fatalmente implicará em retornos melhores aos investimentos de publicidade na internet", disse Ximenes. Só lamentou que as agências ainda estejam "focadas em modelos clássicos de publicidade", e abordem timidamente a mídia online. "É um desequilíbrio visível, uma atitude que já se tornou antinatural", afirmou, e apontou dados: a internet tem hoje 37 milhões de usuários no Brasil, enquanto a TV a cabo tem 17 milhões de clientes, as revistas, 27 milhões, e os jornais, 29 milhões.


O diretor do Google contestou as críticas de que detém excesso de conhecimento no mundo todo. Disse que informações estão disponíveis em variadas situações e em organismos públicos e privados, e a Google se especializou em reuni-las "sempre com a preocupação do be no evel, isto é, não ser do mal". "Protegemos os direitos do usuário até as últimas conseqüências e nunca, em lugar nenhum do mundo, a empresa Google esteve envolvida em qualquer situação de escândalo ou constrangimento em relação a esta política. Garantimos um relacionamento de confiança e de valor com o usuário", acrescentou Ximenes.


O Google tem atualmente 18 mil funcionários no mundo, dos quais 120 trabalham no Brasil, em um centro de pesquisa e tecnologia em Belo Horizonte. Uma das preocupações da empresa, criada na metade dos anos 90 por dois estudantes em Stanford, nos Estados Unidos, é desenvolver inclusive os equipamentos de hardware, "porque ninguém melhor do que ela sabe qual a melhor máquina que satisfaz suas necessidades", ressaltou o diretor. A empresa detém 58,5% do mercado americano de buscas. Os dados são referentes a outubro e foram levantados pela comScore, que diz que o Google está tomando "uma fatia desproporcional" do mercado. Na seqüência do ranking aparecem o Yahoo com 22,9%, a Microsoft com 9,7%  e o Ask.com, com 4,7%.

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