Especialistas em cinco setores da comunicação debateram sobre o futuro de suas áreas de atuação na última terça-feira, 11, durante a segunda edição do ?Coletiva Debates - Precisamos conversar?. Promovido pelo portal Coletiva.net, em parceria com a ESPM-Sul, o encontro reuniu cerca de 40 pessoas, ocorreu no auditório do prédio C da instituição de ensino e contou com a presença de profissionais representando Academia, Digital, Jornalismo, Marketing e Publicidade.
Com mediação do diretor da agência Moove e curador de Coletiva.net, José Antonio Vieira da Cunha, o debate contou com Cesar Paz, fundador e presidente do Conselho de Administração da AG2 Nurun; João Miragem, diretor-geral da agência Escala; Marcelo Aimi, professor de pós-graduação na ESPM-Sul; Marcus Paim, consultor de empresas e diretor da Oito Totalbrand; e Marta Gleich, diretora de Redação dos Jornais do Grupo RBS.
Sobre o futuro da comunicação, Paim defendeu a ideia de que é difícil falar sobre tendências, pois o mercado está em constante transformação. "Tudo se transforma e qualquer afirmativa categórica é uma irresponsabilidade", pontuou, e complementou dizendo que o melhor caminho é a reflexão. "Só porque tirar uma foto com o celular ficou mais fácil, não quer dizer que não devemos pensar na imagem que queremos registrar", falou. Cesar Paz compartilhou da mesma ideia e acrescentou que é preciso escolher o caminho dessa transformação. "Temos que escolher se seremos reféns ou agentes desse processo de mudança", disse, afirmativo.
João Miragem defendeu que é complicado prever o futuro da sua área, e falou que o importante é acompanhar a velocidade dessas transformações. "Tudo é muito rápido. O caminho, acredito, é ser transparente e verdadeiro", salientou. Ele também expôs a ideia de que é preciso compreender o agora antes de pensar no futuro. "Temos que entender as pessoas hoje, o que elas querem e o que buscam agora", declarou.
Em uma explanação animada, o professor Marcelo Aimi falou sobre como as pessoas encaram as informações que lhes são passadas. "Hoje, se confunde informação com conhecimento, mas o segundo só acontece quando a primeira é processada", defendeu, ao dizer que muitos estudantes não buscam se aprofundar sobre determinados temas e se limitam ao que leem na internet. Já para Marta, o caminho é descobrir qual o melhor modelo de negócio, pois é isto que está em crise. "Com tantas fontes de informação que a internet possibilita, o diferencial será a apuração e a credibilidade de quem está informando", afirmou.