Funcionários da TVE paralisam atividades e anunciam estado de greve

“O governo desrespeita acordos entre os sindicatos e as categorias patronais”, assegura delegada sindical

Cerca de 60 funcionários da TVE e da FM Cultura promoveram uma paralisação das atividades, das 13h às 14h de hoje, em frente ao prédio da Fundação. Eles decidiram trabalhar em estado de greve até o dia 3 de novembro, quando a Secretaria da Fazenda do Estado deverá apresentar uma proposta de reposição salarial.


No total, 247 profissionais trabalham nas duas emissoras. Os funcionários acusam que estão com três dissídios atrasados - um deles estaria em fase de pagamento, em seis vezes, até março do próximo ano. "Há anos este governo desrespeita os acordos firmados entre os sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas com as categorias patronais dos veículos de comunicação. Isso revolta os servidores, pois, diferente dos outros veículos, sempre precisam recorrer à Justiça para garantir as reposições", declarou a delegada sindical dos funcionários da TVE, Bete Lacerda.


Os reajustes defendidos pelos funcionários são de cerca de 6%, referentes a 2004, e outros 6%, referentes a 2005 - totalizando 12%. O governo ofereceu ao Sindicato das Fundações do Estado (Semapi) apenas 4%, parcelados em duas vezes (maio e julho de 2006) "É um absurdo. É completamente fora de cogitação a possibilidade de aceitarmos isto", disse Bete a Coletiva.net. Na sexta-feira, 4 - um dia após a apresentação da nova proposta pela Secretaria da Fazenda do Estado -, às 13h, os funcionários devem fazer uma nova paralisação para avaliar a proposta do governo.

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