Funcionários da TVE e da FM Cultura fizeram uma assembleia esta semana, para elaborar um documento em que pedem melhorias aos serviços prestados pela Fundação Cultural Piratini. O encontro teve a participação de representantes dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Rio Grande do Sul e nele foi elaborado um documento com propostas que serão entregues aos candidatos ao governo do Estado. Os funcionários entendem que a Fundação precisa avançar em seu modelo de gestão e em questões como financiamento, programação e atualização tecnológica.
O presidente do Sindicato dos Radialistas, Antônio Edson Caverna Peres, disse que entre os assuntos discutidos na reunião desponta a questão de financiamento das emissoras. "As verbas que entram para a TVE, hoje, entram para o cofre do governo do Estado," enfatizou, em entrevista a Coletiva.net. Afirmou que todos os governos já tiveram problemas, assim como os servidores, e que a Fundação precisa ter mais autonomia. "Queremos que a TVE seja respeitada enquanto TV pública, e não como chapa branca."
O conjunto de propostas, ainda sem data certa para ser entregue, estabelece autonomia ao Conselho Deliberativo da entidade. Os funcionários entendem que é este organismo que tem de escolher, nomear, dar posse e exonerar o presidente da Fundação, que nomeará seus diretores. No documento, destacam também a "reativação do jornalismo e respeito às características originais da FM Cultura", através da contratação de pessoal por concurso público. A ideia é retomar a programação ao vivo.