Instituto de Pesquisa em Comunicação aponta a concentração da mídia nas regiões Sul e Sudeste

Estudo demonstra relação de PIB com a concentração dos veículos de comunicação

A relação entre o percentual sócioeconômico e a concentração dos meios de comunicação nas regiões dos Brasil foi diagnosticada em um estudo feito pelo Epcom - Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação, com base no Sistema de Controle de Radiodifusão da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). Conforme o documento - analisado na reportagem de Júlia Pitthan no site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) -, quanto mais rica a região do Brasil, maior o número de emissoras de rádio e TV, retransmissoras de TV e operadoras de TV por assinatura que atuam em seus estados.


A concentração da mídia nos sete estados que compõem as regiões sul e sudeste abriga mais de 50% dos operadores de comunicação nos cinco segmentos analisados pelo estudo. Compõem os segmentos as emissoras e retransmissoras de televisão (10.514 no total), emissoras de rádio AM e FM comerciais e educativas (4.392), rádios comunitárias (2.513) e operadoras de TV paga nas modalidades MMDS (336) e cabo (298).


Os dados tabelados na reportagem oferecem evidências quantitativas da situação vantajosa do Sudeste, com a maior concentração midiática, em contraponto da desfavorecida região Norte. Dados do IBGE mostram que os quatro estados do sudeste têm registro de quase 4 mil emissoras e retransmissoras de TV, 1,6 mil rádios comerciais e quase 900 comunitárias. Já a região amazônica, área limítrofe do país, apresenta o menor PIB - R$ 77,4 bilhões - e é também que possui o menor número de emissoras e operadoras em comunicação.

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