Lasier diz que protestos de junho inspiraram decisão pela política

Manifestações de rua teriam sido a "última gota" para que se decidisse pela candidatura ao Senado

Há pelo menos 20 anos, comentários de que Lasier Martins entraria para a política são comuns nos meses que precedem o período eleitoral. Desta vez, os boatos se tornaram verdade: nesta segunda-feira, 7, o jornalista comunicou que afastou-se do Grupo RBS para se apresentar como pré-candidato ao Senado pelo PDT. Segundo ele, a ideia de lançar-se candidato era avaliada havia anos, mas se fortaleceu alguns meses atrás. "Foi algo pensado durante muito tempo, mas realmente decidido quando vi as manifestações de rua, em junho. Foi o Brasil que despertou e, ali, tomei a decisão de entrar para a política", contou Lasier ao Coletiva.net, referindo-se aos protestos que se espalharam pelo Brasil como a "última gota" para que tomasse a decisão.
Já a escolha partidária foi embasada em duas razões principais. "Escolhi o PDT por ser um partido que tem em seu programa o princípio da educação para crianças e jovens. Outro fato importante foi a memória do meu pai, que sempre foi trabalhista", revelou. Segundo ele, as propostas a serem apresentadas ao eleitorado serão definidas ao longo dos próximos meses. "Ainda temos um ano até lá", afirmou, referindo-se ao momento da eleição, no início de outubro do ano que vem.
Com 27 anos de trabalho dedicados ao Grupo RBS, Lasier diz que sua despedida do jornalismo acontece tanto em respeito ao Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística - que determina que o comunicador deve deixar a atividade quando reconhecida ou oficializada a condição de candidato a cargo político -, como também pelo entendimento pessoal de que não seria ético seguir com a exposição na mídia que outros concorrentes não teriam, mesmo faltando um ano para o pleito.
Na edição desta segunda-feira do Jornal do Almoço, da RBS TV, lembrou que já havia recebido diversos convites e pediu aos cidadãos que, se eleito, o fiscalizem. "A política em si, abstrata como é, é boa ou má. Aqueles que a fazem é que são bons ou maus. Quero me integrar aos bons, com transparência, atitudes, projetos e votos, contra essas mazelas que têm levado à descrença os políticos e a política, tão necessária à vida social", afirmou.
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