Marcas e estratégias

Quando a marca procura o craque

Quando você olha para o belo trabalho de comunicação do David Beckham, uma marca pessoal muito bem construida, imagina que com ele existe um dos trabalhos mais bem feito na área do Personal Branding. Andy Milligan, em seu livro Brand It Like Beckhan, mostra toda uma estrutura de percepção e comunicação da personalidade - passando pelas questões de estética, ética, família, futebol - do jogador e que o levou a ser um dos maiores valores de marca da década.
Em 1969, os Correios fizeram esse selo dos 1.000 gols do Pelé. Nessa peça simples, um selo, estão explicitas dimensões da sua marca que fizeram tanto sucesso e que não devem ter sido planejadas por nenhum escritório de branding. Ele tem até hoje alguns ícones, e através de cada um se vislumbra o Pelé numa cadeia de associações de fazer inveja às grandes marcas mundiais. O nome, original. O salto de quando marca um gol é consagrado e próprio dele. A camisa 10, memorável. Os 1.000 gols, um associação para a marca, na época inédita e única. E claro, o seu nome pessoal separado do nome fantasia, mas cinérgico com ele. Uma coleção de ícones.
O Edson Arantes do Nascimento foi um planejador de branding nato e original. Certamente, é o cliente dos sonhos de muito profissional de branding. Como ele, nesse critério de valor das percepções, não apareceu nada igual. Poderíamos até dizer que, como a bola, a marca procura o craque.
(Por Lucio Pacheco)
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