Palestrantes debatem uso de tecnologia na imagem publicitária

Cássio Braga e Celso Chittolina foram os convidados do painel, que também contou com três debatedores

Cássio Braga (E), Chittolina, Maurício Oliveira, Rafa Bohrer e Cado Bottega | Divulgação/Coletiva.net
"O que mudou e o que nunca vai mudar na imagem publicitária" foi o tema do primeiro painel da tarde, ministrado por Cássio Braga, do estúdio Miagui, e Celso Chittolina. Primeiro a falar,  Cássio buscou a realidade do estúdio para explicar que, mais do que produzir imagem publicitária, o trabalho da empresa consiste em produzir conteúdo visual. "Tem mais a ver com linguagem do que com técnica", ressaltou. Baseado nos pilares comunicação, tecnologia e arte, explicou a lógica de funcionamento da Miagui.
Os elementos são fotografados individualmente, o que dá liberdade para o diretor de Arte construir o conteúdo individualmente. Como exemplos, apresentou peças desenvolvidas para o programa Mundo Selvagem, da National Geographic, com a "criação de cenas praticamente impossíveis de serem construídas de forma convencional". Outro case apresentado é da campanha para as Casas Bahia, que buscava promover área de games da rede e precisou redesenhar o personagem baianinho.
Na avaliação de Cássio, o que nunca muda é a necessidade de reunir pessoas talentosas e usar multidisciplinaridades para produzir conteúdo visual. "O que mudou foi o consumidor, o jeito como consome comunicação", considerou, acrescentando que, quando se lida com contextos e linguagens diferentes, as soluções devem ser diferentes. O diretor da Miagui ainda detalhou o processo de produção do estúdio, como o trabalho realizado para divulgar o modelo Civic Sport, da Honda, para a América Latina.
Chittolina, por sua vez, enfatizou a crença no que chamou de fotografia real, para ele, aquela que destaca elementos reais. "A tecnologia, as mudanças de cenário, tudo isso é sensacional, mas discordo quando isso se afasta demais da vida real. O que as pessoas querem hoje é se relacionar com a vida real", ponderou. Esse modelo de trabalho costuma exigir tempo e a contratação de outros profissionais. Para exemplificar, apresentou imagens da campanha que utilizou flores para formar órgãos do corpo humano, que precisou da contratação de uma florista para compor a fotografia, depois retocada e tratada.
Um case semelhante foi produzido para uma campanha da Azaleia, a pedido da extinta DCS. "O briefing era fotografar o vestido de flores e a modelo separados, mas pensamos: vamos tentar (vestir a modelo com ele). Não sou contra o photoshop, mas procuro utilizar a ferramenta como ferramenta", explicou. O painel seguiu com a participação de Ricardo Bottega (CDN-Sul), Rafael Bohrer (Global) e Maurício Oliveira (Matriz) como debatedores.
Com apoio do Grupo RBS, Coletiva.net acompanha todas as atividades da Semana ARP - Especial 60 anos.

Comentários