Palestras, shows e interatividade movimentaram o 1º Tech Art Festival

Com uma programação de atividades que se estendeu da manhã à noite de sábado, evento marcou a inauguração da Fábrica do Futuro

Credenciamento para o 1º Tech Art Festival - Natália Pegorer

Mais de duas mil pessoas acompanharam neste sábado, 23, o 1º Tech Art Festival, evento que reuniu a comunidade para celebrar a inauguração da Fábrica do Futuro. Intervenções artísticas, experiências interativas e imersivas, shows e palestras estiveram na programação do evento, que trouxe, ainda, uma Feira Maker, entre outras atrações. Pelos palcos, passaram convidados como o consultor inglês Michael Babb e o DJ angolano Pedro Coquenão - este, além de compartilhar ideias com o público, ainda encerrou a programação do evento.

Juli Finkler, da Pinkmov e um quarto.cc, falou sobre o futuro da arte através do consumo interativo e apresentou ao público cases capazes de colocar o público dentro de uma obra de arte. Segundo ela, a união do real, do fictício e do físico será cada vez mais presente no dia a dia de quem vive a arte. "Veremos a arte se desenvolvendo a partir da interação e da reação humana", observou. A exploração dos sentidos humanos, o foco na sustentabilidade e a solidariedade, conforme ela, também estarão relacionados à arte no futuro.

Paralelamente ao painel de Juli, em outro pavimento da Fábrica, o DJ Pedro Coquenão explanou sobre o que será necessário para exercer a profissão no futuro. Ele fez referência à história de seu país e defendeu que a atuação do DJ tende a se tornar mais próxima da música e da coreografia de protesto. Coquenão sustentou, também, que "o DJ precisa ser algo como uma ponte que conecta as pessoas, tem que ser humano". Já em sua apresentação no fim do evento, trouxe o documentário 'The Almost Perfect DJ', registro de uma performance em que questiona diversas práticas do mercado de DJs.

A diversidade e a presença feminina no ambiente de trabalho da área de tecnologia entraram na pauta por meio da programadora trans Evelyn Mendes. Marina Bortoluzzi, idealizadora do InstaGrafite, abordou a arte como instrumento de interação. Sócia da Flag.cx, Luísa Martini mostrou ao público do Tech Art Festival o modelo de negócio da holding, apresentada como uma plataforma de disrupção criativa. A rede conta com 20 empresas - entre elas, a Cubo.cc, a Contagious, a Grid e a Mesa e Cadeira - com estruturas pensadas para atender apenas ao seu core de cada negócio. "Isso torna a empresa mais leve e flexível a qualquer mudança", frisou.

Por fim, os desafios da quarta revolução industrial foram trazidos ao debate a partir da perspectiva do consultor de indústria criativa Michael Babb. O inglês, que esteve pela primeira vez no Brasil, falou sobre a importância de pensar a ética e moral em uma época de mudanças tão rápidas. Para ele, instituições como academia, imprensa e meios políticos e de negócios devem estar envolvidas nesse debate. "Devemos buscar coisas positivas a partir dessa mudança tecnológica", sentenciou.

Entre as atrações musicais, ainda embalaram o público artistas como Lizandra Machado, Saulo Fitiz e banda, Luciano Leães, Vitor Ramil, entre outros.

 

Comentários