Três pesquisadoras da Universidade Feevale apresentarão o núcleo de estudos Criança na Mídia, da instituição de ensino, durante o XVI Congresso da Associação Latino-americana de Investigadores da Comunicação (Alaic), que segue até 1º de agosto, em San José, na Costa Rica. Acompanhadas pela coordenadora do grupo, a professora Saraí Schmidt, as integrantes do projeto Marina Mentz e Vitória Brito dos Santos mostrarão suas pesquisas no evento, cuja temática é 'Comunicação em sociedades diversas: horizontes de inclusão, equidade e democracia'.

Na ocasião, Saraí exibirá uma pesquisa sobre criança e consumo, realizada recentemente pelo núcleo, com apoio da Feevale e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). "Estaremos levando o resultado de nossas pesquisas sobre a relação entre criança e mídia, tendo como foco a problematização da cultura do sucesso", explica a professora, ao complementar: "Esse é um trabalho coletivo que discute o impacto da mídia na constituição das identidades infantis contemporâneas".

Marina, que é jornalista e mestre em Processos e Manifestações Culturais pela instituição de ensino, falará a respeito de um estudo a sobre a violência sexual contra crianças e jornalismo. "A violência especificamente sexual contra jovens provoca diversos sentimentos e dúvidas, e, justamente por isso, deve ser debatida", defende. Vitória, por sua vez, que é doutoranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela universidade, explanará sobre o casamento de crianças no Brasil, tema de sua dissertação de mestrado. "Estou levando um recorte da pesquisa, em que falo sobre mídia, pobreza infantil e Direitos Humanos. Debater sobre a conjuntura da América Latina será muito importante para minha atual pesquisa de doutorado", declara.

Para o trio de pesquisadoras, o congresso é uma oportunidade para a construção do pensamento crítico dentro da comunicação. "A mídia ocupa um espaço privilegiado na vida das pessoas e é ofertada a diversos públicos, independentemente de gênero ou classe, porque ela vem por jornais, páginas de internet, aplicativos, novelas, filmes, programas de rádio", informa Marina, que finaliza: "Por estar tão 'em destaque' no nosso cotidiano, a mídia precisa ser levada a sério e ser feita com responsabilidade, para que seu conteúdo não se torne, também, uma forma de violência".