Versão da hora

O futuro das agências de propaganda não é róseo

As agências de propaganda dificilmente serão o que foram até hoje, em futuro não muito distante. Um inexorável processo de transformação da indústria da comunicação passou a impor novos modelos de negócio e os formatos anteriores começam a deixar de ter a eficácia que tinham, enquanto os novos ainda não se consolidaram. O setor, assim como inúmeros outros, enfrenta hoje, por um lado, a disrupção trazida por novas tecnologias vindas de indústrias conexas, por outro, a incerteza dos anunciantes, que declaradamente enxergam agora menor valor no que as agências oferecem hoje, da forma como oferecem hoje. A rentabilidade nunca esteve tão baixa. Demissões se sucedem. Consolidações buscam salvar a parte possível dos legados. O setor sofre hoje o maior abalo da sua história desde que surgiu, no final do século XIX.
O parágrafo acima é a abertura de um longo artigo escrito pelo publicitário, jornalista e consultor Pyr Marcondes que, em seu blog abrigado no site da revista Proxxima, faz uma reflexão sobre o modelo de negócios da propaganda, em crise para conviver com as exigências do mundo atual. "É o BV que ainda paga a conta, notadamente dos grandes players, mas o horizonte aponta para um futuro em que ele perderá a força que tem. Fundamentalmente, porque os anunciantes tenderão a apertar esse cinto, exigindo mais transparência nas negociações com suas verbas", escreve Pyr, que é atualmente diretor-geral da M&M Consulting, empresa de consultoria e negócios para a indústria do marketing digital.
Mais adiante, registra: "Entre manter-se falsamente equilibrados com o que ainda têm e ir em busca de novos modelos de negócio e de receita, os líderes do setor oscilam, uns mais que outros. Há os que buscam saídas, ainda que incertos do que devem encontrar. E há os que não conseguem se mover, por paralisia funcional, fruto da inércia de anos caminhando sempre na mesma direção. O cachimbo entortou a boca". Pyr usa como base de seu artigo, entre outros, um estudo publicado no ano passado pela Fenapro
Pyr Marcondes encerra o artigo com uma provocação: "O Google joga fora todo o seu legado tecnológico e desenvolve outro completamente novo a cada 18 meses. A mudança lá não é algo fortuito, é parte do modelo de gestão e de atualização do negócio. Foi pensando e agindo assim que o Google criou o Google Ads, um business de bilhões, bem nas barbas do mercado publicitário mundial, que nunca pensaria algo assim, porque é adverso a mudanças (mantém o mesmo modelo de negócios desde o século XIX) e, em muitos casos, parece mais um gato gordo e largadão, um Garfield reclamando da sua própria sorte. E maldizendo o Google".
Vale ler a íntegra do artigo:
www.proxxima.com.br/home/proxxima/2016/05/16/agencias-de-propaganda-o-que-sera-delas.html

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