Catarinense ganha o Jabuti
Entre os gaúchos que chegaram à segunda fase estão Carlos Dorneles, Moacyr Scliar e a editora Artmed
A Câmara Brasileira do Livro divulgou, esta tarde, a listagem dos vencedores do Prêmio Jabuti 2008. O Filho Eterno, do escritor catarinense Cristovão Tezza, foi eleito o melhor romance do ano, 1808, de Laurentino Gomes, é o melhor livro-reportagem enquanto o ex-presidente da Academia Brasileira de Letras Ivan Junqueira, autor de O Outro Lado, foi agraciado pelo melhor livro de Poesia. Entre os gaúchos que disputaram o destaque, em sua segunda fase (três finalistas) estavam o jornalista Carlos Dorneles, com seu livro Bar Bodega:Um Crime de Imprensa, da editora Globo, o médico e membro da Academia Brasileira de Letras Moacyr Scliar, com sua biografia O Texto ou a Vida, pela Bertrand Brasil, e Paulo Dalgalarrondo, da editora Artmed, com Religão, Psicopatologia e Saúde Mental . Também o escritor Ernani Sso, colunista de Coletiva.net, esteve entre os indicados na primeira fase, na categoria infantil, com Contos de Morte Morrida, pela Companhia das Letras.
Considerado o mais tradicional prêmio literário do Brasil, o Jabuti teve os ganhadores de sua 50ª edição, que contempla livros publicados em 2007, definidos na tarde desta terça-feira, 23 de setembro, na sede da Câmara Brasileira do Livro (CBL),
Este ano, a comissão julgadora do Jabuti analisou 2.141 obras. A premiação total será de R$ 120 mil. O primeiro lugar de cada uma das 20 categorias receberá R$ 3 mil e os autores dos melhores livros do ano de Ficção e de Não-Ficção receberão R$ 30 mil cada um. Um dos prêmios mais cobiçados pelos profissionais do livro no País, o Jabuti contempla todas as esferas envolvidas na produção de um livro. Além dos melhores por gênero literário, ele também premia em suas categorias as obras por tradução, ilustração, capa e projeto gráfico.
O Filho Eterno, de Cristovão Tezza, foi publicado em julho de 2007 pela Record, e reconstitui o relacionamento de um escritor com seu filho portador da síndrome de Down. Tezza, de 56 anos, acalentava o projeto de escrever sobre sua experiência como pai de uma criança deficiente desde o nascimento de Felipe, seu filho, hoje com 26 anos. Em dezembro de 2007, o romance recebeu o Prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor obra de ficção do ano. Em julho deste ano, foi lançado na Itália e já tem edições contratadas na França, Espanha e Portugal.