Competitividade é primordial na Indústria

Comitiva gaúcha debateu o tema em Encontro Nacional

O 5º Encontro Nacional da Indústria (Enai) realizado nos dias 1º e 2 de dezembro, em São Paulo, destacou a competitividade como a prioridade estratégica nacional para o crescimento do Brasil. No evento que reuniu 1.500 líderes empresariais e industriais de todo o País foram debatidos  os obstáculos ao desenvolvimento brasileiro no cenário global, como tributação e gastos públicos, inovação, meio ambiente, educação profissional e relações de trabalho, comércio exterior e infraestrutura.
Na abertura do encontro foi lançada a Carta da Indústria, que reúne as propostas dos empresários para ampliar a competitividade no Brasil. O documento adverte que existem riscos para a estrutura industrial caso não haja rapidez nas reformas que eliminem os gargalos. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, ressaltou ser urgente priorizar o tema como agenda do País. Segundo ele, a competitividade é à base de crescimento, progresso, transformação e inclusão social. "Sustentada na produtividade das empresas e de um ambiente de negócios civilizado", assinalou.
A comitiva do Rio Grande do Sul, liderada pelo presidente do Sistema Fiergs, Paulo Tigre, contou com 63 integrantes, entre representantes de sindicatos, industriais e diretores da Fiergs/Ciergs. De acordo com Tigre, o setor produtivo precisa de um ambiente de negócios mais favorável para poder se desenvolver e promover o fortalecimento da economia e do bem-estar social. O industrial destacou como principais entraves a alta carga tributária, os elevados juros, a legislação trabalhista defasada, o excesso de burocracia e a baixa qualidade do ensino.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que também participou do Enai, anunciou que os investimentos previstos no País para os próximos quatro anos estão estimados em R$ 1,6 trilhão - R$ 600 bilhões a mais do que no atual governo. A exploração da camada de petróleo do pré-sal, a construção civil - com o programa Minha Casa, Minha Vida -, a instalação de grandes hidrelétricas, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 foram alguns dos empreendimentos e acontecimentos que listou como polos de investimentos.
Também foram discutidos no evento, temas como: 'Desafios da empresa brasileira na competição global', com a participação do vice-presidente da Fiergs, Astor Schmitt; 'Competitividade do Brasil na economia global', com a presença do coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec) da Fiergs, Ricardo Felizzola; 'Macroeconomia do crescimento: gastos públicos, tributação, financiamento e câmbio'; 'Como estimular o empreendedorismo e fortalecer as pequenas empresas'; 'Educação profissional e competitividade industrial; Inovação: alvo de competitividade da indústria'; 'O meio ambiente e a competitividade' e 'As relações do trabalho no Brasil'.
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