Emprego formal diminui 65% em março

Região Sul criou mais de 35 mil empregos com carteira assinada

O Ministério do Trabalho divulgou nesta terça-feira, 19, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Conforme resultados, o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País em março foi de 92.675, o que representa uma diminuição de 65% em relação ao terceiro mês de 2010, quando foram criadas 266.415 vagas.
A região Sudeste liderou a criação de postos de trabalho, com 75.208 vagas. Em segundo lugar, veio a região Sul, com 35.734 empregos. A região Centro-Oeste foi responsável pela criação de 10.551 novas vagas, enquanto o Norte gerou 2.831 pontos. Já a região Nordeste registrou o fechamento de 31.649 vagas de trabalho. "Os Estados do Nordeste apresentaram volume alto de desligamentos devido ao fim do ciclo da cana-de-açúcar na região", afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Entre os Estados, São Paulo foi o que gerou mais vagas em março, com 61.001 novos postos, seguido do Paraná (13.927) e de Minas Gerais (11.576). Entre as unidades da federação com maiores declínios, destacaram-se Alagoas (-15.786) e Pernambuco (-7.205).
O número de desligamentos em março foi recorde e chegou a 1,673 milhão. No mês, a admissões totalizaram 1,765 milhão. Com a contabilização das declarações entregues pelas empresas fora do prazo, o resultado do primeiro bimestre do ano passou para 491.211, ainda informou o ministério. Dessa forma, no acumulado do primeiro trimestre de 2011 foram geradas 583.886 vagas formais, resultado também inferior as 657.259 vagas criadas no mesmo período do ano passado. Após uma diminuição de 65% na criação de vagas formais de emprego em março, na comparação com o mesmo mês de 2010, o resultado de abril deverá ser bastante forte, avaliou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
O setor de serviços liderou a criação de vagas formais no mês, com 60.309 postos, seguido pela indústria de transformação com 14.448 vagas. A agricultura foi responsável pela abertura de 11.400 novos postos de trabalho, enquanto a administração pública gerou outras 4.268 vagas. Já o comércio registrou queda nas contratações, fechando 3.817 postos.

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