A Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE) divulgou nesta quinta-feira, 20, o desempenho das exportações gaúchas, que chegou a mais de US$ 1,1 bilhão. Na indústria de transformação, o aumento foi de 21,1%, o que representa US$ 181,4 milhões (-8,6% em volume e crescimento de 32,5% em preços). Na agropecuária, houve um recuo de 84,5 %, fechando em US$ 119,8 milhões (-82,4% em volume e -11,7% em preços). Dentre os principais produtos exportados, destaca-se a queda de US$ 126,3 milhões das vendas de trigo (-96,6% em valor, -96,6% em volume e 0,0% em preços).
O levantamento apontou um aumento de US$ 41,6 milhões nas exportações gaúchas em relação ao mesmo mês do ano anterior, um resultado superior a média nacional (0,4%), com o volume exportado (-14,6%) bastante inferior ao registrado no país (3,6%). Conforme o economista da FEE e coordenador do Núcleo de Indicadores Conjunturais, Adalberto Neto, o crescimento do Estado foi superior ao nacional devido, fundamentalmente, ao aumento das exportações industriais. "O crescimento expressivo é um indicador de um desempenho positivo para a indústria, e o alimentício, que é o principal do Estado. Janeiro é um mês de pouca exportação, e o valor atingido pelo Rio Grande do Sul foi positivo, já que aumentamos a participação nas exportações nacionais", explica.
Na indústria de transformação houve o acréscimo de US$ 114,0 milhões nas exportações de produtos alimentícios (47,1% em valor, 54,2% em volume e redução de 4,6% em preços), de US$ 58,1 milhões nas de produtos derivados de petróleo (29.468,6% em valor, 31.121% em volume e -5,3% em preços) e de US$ 23,7 milhões nas de máquinas e equipamentos (30,5% em valor, 24,4% em volume e 4,9% em preços). O aumento nas exportações de alimentos é explicado, principalmente, pelo crescimento de US$ 116,5 milhões nas vendas de farelo de soja (483,9% em valor, 537,1% em volume e -8,3% em preços).
No que diz respeito aos principais destinos das exportações do Estado, destacam-se os aumentos de US$ 53,6 milhões (140,7%) nas vendas para o Paraguai, de US$ 31,9 milhões (25.057,6%) à Eslovênia, de US$ 30,6 milhões (1.756,7%) à Índia, e de US$ 29,0 milhões (111,2%) à Alemanha. No mês, o Estado ocupou a quinta posição nas exportações nacionais, com uma participação de 6,72%, abaixo de São Paulo (24,13%), Minas Gerais (16,24%), Rio de Janeiro (9,81%) e Pará (8,21%).