Eduardo Tessler fala sobre interatividade e convergência

O jornalista deu dicas para aproximar os jornais da nova geração de leitores

O jornalista Eduardo Tessler, consultor internacional e diretor para o Brasil da Innovation Consulting Group, falou há pouco no Congresso da ADI. Tessler abordou o tema ?Interatividade - A melhor maneira de aproximar a comunidade do jornal?. Ele lembrou que o perfil dos leitores mudou e que disse os diários devem acompanhar essas mudanças: "Os jornais não podem ser meramente informativos, seu novo papel é o aprofundamento dos assuntos. Eles têm que ser explicativos e trazer uma projeção para o futuro de determinados temas. Como no caso as eleição de Lula e Yeda. Dizer que eles venceram as eleições é óbvio. Os jornais têm que ser criativos ao noticiar o que todo mundo já sabe, tem que atender ao público", afirmou.


Segundo o jornalista, os leitores de diários estão envelhecendo e não tem havido uma renovação desse público, além disso, há a falta de tempo para dedicar a leitura, o valor do investimento em cada exemplar, a concorrência com as novas mídias e o que ele chama de "piloto-automático", que é quando as publicações apenas reproduzem informações de agências e de outros veículos. Tudo isso favorece a um desinteresse do público em relação aos diários. Para reverter esse quadro, Tessler acredita que é fundamental abrir espaços para a participação dos leitores, acostumados à instantaneidade da internet e do SMS.


O executivo também destacou a importância de promover a convergências entre as mídias que compõem cada empresa jornalística. Tessler deixou cinco conselhos para as associados da ADI. São eles: Ouvir sempre o leitor, mostrar rostos nas fotos, apresentar telefone e e-mail do diário em cada página da publicação, apresentar soluções e não apenas problemas nas reportagens e abrir portas aos leitores.

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